A história da exploração espacial tem muitos feitos a comemorar nos últimos 60 anos. Desde o lançamento do primeiro satélite artificial, o Sputnik, em outubro de 1957, até as mais recentes descobertas feitas pelas sondas extraterrestres, os motivos para celebração não param de crescer, e se depender da vontade dos pesquisadores espaciais, ainda teremos muitas velinhas pela frente.
Pioneirismo
Vanguard 1 foi o primeiro satélite a usar células solares para alimentação dos circuitos internos e foi lançado como uma das contribuições dos EUA para o Ano Geofísico Internacional, IGY, entre julho de 1957 e dezembro de 1958.
Pequeno Notável
O Vanguard 1 não era um satélite grande. Ao contrário. Media aproximadamente 15 centímetros de diâmetro e seu peso não passava de 1500 gramas. Para ter uma ideia, o Sputnik 1 pesava aproximadamente 100 quilos. Devido às suas pequenas dimensões foi chamado pelo então primeiro-ministro soviético, Nikita Khrushchev, de "satélite-pomelo".
Desde que foi lançado, o Vanguard 1 já executou quase 229 mil revoluções ao redor da Terra, percorrendo uma distância superior a 9.5 bilhões de quilômetros, bem maior que a distância da Terra a Plutão. Quando foi lançado, forneceu importantes informações sobre o tamanho e deformação do nosso planeta e estabeleceu uma série de recordes espaciais.
Missão Cumprida
Vanguard 1 cumpriu 100% dos seus objetivos científicos. Entre eles se destacaram:
Quando foi lançado, as estimativas eram de que o Vanguard 1 deveria se manter em órbita por pelo menos 200 anos. Desde então esse número só cresce e de acordo com os últimos boletins de decaimento, a expectativa de vida de Vanguard 1 já ultrapassa 2 mil anos.
Em 17 de março de 1958, partia de Cabo Canaveral, na Flórida, o quarto satélite artificial feito pelo homem, o Vanguard 1. Poderia ser apenas mais uma informação sobre a grande corrida espacial do século 20 se não fosse por um pequeno detalhe: O Vanguard 1 é o mais antigo satélite que ainda orbita a Terra. Seus predecessores, Sputnik 1 e 2 e Explorer 1 reentraram na atmosfera pouco tempo depois de lançados.
Três instituições, todas militares, participaram do projeto.
Ao exército coube as operações das estações de rastreio enquanto a força-aérea providenciou o local de lançamento. Todo o equipamento científico ligado à coleta de dados ficou a cargo do NRL, Laboratório de Pesquisa Naval norte-americano, responsável perante os organizadores do IGY em colocar os experimentos ao redor da Terra.
Vanguard 1 também foi pioneiro em muitas das tecnologias aplicadas aos satélites norte-americanos e provou que as células solares poderiam ser empregadas por diversos anos na alimentação de transmissores e circuitos eletrônicos.
Para ter uma ideia, os pequenos painéis solares instalados ao redor do satélite operaram os circuitos por mais de 7 anos. Se fossem alimentados por baterias convencionais não funcionariam por mais de 20 dias.
Orbita estável
Apogeu é o ponto de maior afastamento de um satélite com relação à Terra e perigeu é o ponto de maior aproximação. Período é o tempo que o satélite leva para completar uma órbita.
Na época do lançamento do Vanguard, os cientistas do NRL construíram em diversas partes do planeta uma série de estações de rastreio a qual deram o nome de Minitrack. Essas estações captavam os sinais do Vanguard e calculavam os parâmetros orbitais que eram usados na previsão de posição e determinação das órbitas futuras. Alguns anos mais tarde o Minitrack deu origem ao atual Sistema de Vigilância Espacial, dos EUA, que tem a capacidade de detectar e calcular parâmetros de qualquer satélite desativado que passa sobre o país.
Dois Mil AnosSofrendo muito pouco a influência da atmosfera, o Vanguard perde pouca altitude ao longo dos anos. Isso permite que se mantenha em órbita por muito tempo, fazendo com que as futuras gerações lembrem sempre dos primeiros anos da era espacial.
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