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Zelensky diz que foi à posse de Milei e não na de Lula por falta de convite; Itamaraty rebate versão
Fonte: Sputnik Brasil
© Foto / Ricardo Stuckert / Presidência da República
Chancelaria brasileira refuta afirmação de Zelensky com declaração de vice-primeira-ministra ucraniana que se encontrou com Lula em Brasília no dia 31 de dezembro de 2022.
Ruídos na comunicação entre o Palácio do Planalto e a o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, acontecem com frequência desde que, em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil não enviaria ajuda militar para Ucrânia.
De lá para cá, embates diplomáticos entre os dois líderes aconteceram em algumas sequências, ganhando mais um capítulo com a posse na Argentina de Javier Milei.
Zelensky pediu uma reunião com Lula em cima da hora, enquanto fazia uma parada em uma base aérea para seguir rumo a Buenos Aires, mas o Planalto negou o pedido, conforme noticiado.
Entretanto, ao ser questionado em entrevista ao programa Fantástico (TV Globo) do porquê de vir à posse do argentino e faltar a de Lula, o líder ucraniano disse que não foi convidado pelo presidente brasileiro para sua posse em Brasília, no dia 1º de janeiro deste ano.
"Não fui à posse de Lula porque não fui convidado. Aqui, Milei me ligou e convidou. Se me chamarem para ir ao Brasil, eu vou. Já convidei Lula para ir à Ucrânia", afirmou.
No entanto, de acordo com o jornal O Globo, o Itamaraty rebateu o líder dizendo que ele foi sim convidado.
"Houve convite para o presidente da Ucrânia vir à posse, e a Ucrânia enviou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, que se reuniu com Lula no dia 31 de dezembro de 2022, que trouxe os cumprimentos de Zelensky e que disse que ele não pode vir então devido a guerra com a Rússia. O encontro foi público", diz a nota do Planalto citada pela mídia.
Caso semelhante aconteceu na cúpula do G7 em maio deste ano, quando Zelensky afirmou que não se encontrou com Lula por "má vontade" do Brasil, e o Itamaraty rejeitou a versão dizendo que havia sugerido três horários para a reunião, mas que o mesmo não aconteceu "por conta do lado ucraniano".
Em setembro, os dois líderes acabaram se encontrando na cúpula da Assembleia das Nações Unidas em Nova York.
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