A maior e mais conhecida tempestade do Sistema Solar pode estar com seus dias contados. Ninguém sabe se ela desaparecerá completamente e nem por quanto tempo continuará se contraindo.
A Grande Mancha Vermelha, GMV, é um gigantesco anticiclone situado no hemisfério sul de Júpiter. Seus ventos chegam a mais de 600 km/h e de ponta a ponta mede cerca de 16 mil km, ou seja, dentro dela caberia 1.5 vezes o planeta Terra.
A GMV é bastante estável e suas características variam com o tempo. No passado, seu tamanho foi bem maior e já chegou a medir quase três vezes o tamanho do nosso planeta. No entanto, essa diminuição não para de acontecer.
Um novo estudo, realizado por pesquisadores do Goddard Space Flight Center da NASA, em conjunto com a Universidade Estadual do Novo México, sugere que a feição está diminuindo cada vez mais de tamanho, mas está ganhando mais altura.
O estudo foi publicado no conceituado periódico Astronomical Journal e confirma que a redução da área vem acontecendo desde 1878 e seu tamanho só é suficiente para acomodar apenas uma Terra.
Como a tempestade está se contraindo, os pesquisadores esperavam encontrar os ventos internos ainda mais fortes, como uma patinadora de gelo que gira mais rápido ao puxar seus braços. No entanto, em vez de girar mais rápido a tempestade parece estar se esticando e ganhando altura.
Além dessa mudança dinâmica, a cor da GMV também se intensificou e tornou-se intensamente alaranjada desde 2014. Os pesquisadores não sabem ao certo o que está acontecendo, mas dizem que as substâncias químicas que colorem a tempestade estão sendo levadas para a alta atmosfera à medida que o local se estende. Em altitudes mais elevadas os produtos químicos seriam submetidos a mais radiação ultravioleta proveniente do Sol e assumiriam uma cor mais profunda.
Campanha de Observação
As observações de Júpiter remontam a séculos, mas a primeira observação confirmada da Grande Mancha Vermelha ocorreu em 1831. Desde então, os observadores conseguiram medir o tamanho e a deriva da Grande Mancha Vermelha através de telescópios dotados de oculares graduadas, o que permitiu ao menos um registro desse tipo por ano, desde 1878.
Para o estudo atual, os pesquisadores utilizaram essas observações históricas e as combinaram com dados modernos de diversas sondas interplanetárias, iniciando com as cenas obtidas pelas duas missões Voyager em 1979. Somando-se a isso o grupo de pesquisadores utilizou imagens planetárias coletadas anualmente pelo Telescópio Espacial Hubble.A equipe traçou então a evolução da Grande Mancha Vermelha, analisando seu tamanho, forma, cor e taxa de desvio. Eles também observaram as velocidades internas do vento da tempestade e concluíram que apesar da instabilidade típica das grandes tempestades a GMV está diminuindo sistematicamente.
A Grande Mancha Vermelha, GMV, é um gigantesco anticiclone situado no hemisfério sul de Júpiter. Seus ventos chegam a mais de 600 km/h e de ponta a ponta mede cerca de 16 mil km, ou seja, dentro dela caberia 1.5 vezes o planeta Terra.
A GMV é bastante estável e suas características variam com o tempo. No passado, seu tamanho foi bem maior e já chegou a medir quase três vezes o tamanho do nosso planeta. No entanto, essa diminuição não para de acontecer.
Um novo estudo, realizado por pesquisadores do Goddard Space Flight Center da NASA, em conjunto com a Universidade Estadual do Novo México, sugere que a feição está diminuindo cada vez mais de tamanho, mas está ganhando mais altura.
Comparação de tamanhos da Grande Mancha Vermelha, em Jupiter. À esqueda vemos as dimensoões da GMV em 1820, em foto reconstruida. À direita vemos a feição no ano ano de 2015, registrada pelo astrofotógrafo Damian Peach.
O estudo foi publicado no conceituado periódico Astronomical Journal e confirma que a redução da área vem acontecendo desde 1878 e seu tamanho só é suficiente para acomodar apenas uma Terra.
Como a tempestade está se contraindo, os pesquisadores esperavam encontrar os ventos internos ainda mais fortes, como uma patinadora de gelo que gira mais rápido ao puxar seus braços. No entanto, em vez de girar mais rápido a tempestade parece estar se esticando e ganhando altura.
Além dessa mudança dinâmica, a cor da GMV também se intensificou e tornou-se intensamente alaranjada desde 2014. Os pesquisadores não sabem ao certo o que está acontecendo, mas dizem que as substâncias químicas que colorem a tempestade estão sendo levadas para a alta atmosfera à medida que o local se estende. Em altitudes mais elevadas os produtos químicos seriam submetidos a mais radiação ultravioleta proveniente do Sol e assumiriam uma cor mais profunda.
Campanha de Observação
As observações de Júpiter remontam a séculos, mas a primeira observação confirmada da Grande Mancha Vermelha ocorreu em 1831. Desde então, os observadores conseguiram medir o tamanho e a deriva da Grande Mancha Vermelha através de telescópios dotados de oculares graduadas, o que permitiu ao menos um registro desse tipo por ano, desde 1878.
Para o estudo atual, os pesquisadores utilizaram essas observações históricas e as combinaram com dados modernos de diversas sondas interplanetárias, iniciando com as cenas obtidas pelas duas missões Voyager em 1979. Somando-se a isso o grupo de pesquisadores utilizou imagens planetárias coletadas anualmente pelo Telescópio Espacial Hubble.A equipe traçou então a evolução da Grande Mancha Vermelha, analisando seu tamanho, forma, cor e taxa de desvio. Eles também observaram as velocidades internas do vento da tempestade e concluíram que apesar da instabilidade típica das grandes tempestades a GMV está diminuindo sistematicamente.
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