Um grande fragmento de lixo espacial reentrou na atmosfera próximo à Região Norte do Brasil e produziu uma gigantesca bola de fogo registrada em vídeo na Região Norte do Brasil.
Naves que reentram na atmosfera, normalmente se rompem entre 72 e 84 quilômetros de altitude devido à temperatura e forças aerodinâmicas que agem sobre a estrutura. A altitude nominal do rompimento é de 78 km, mas satélites de grande porte que têm estruturas maiores e mais densas conseguem sobreviver por mais tempo e se rompem em altitudes mais baixas. Painéis solares são destruídos bem antes, quando os satélites ainda estão entre 90 e 95 km.
A reentrada ocorreu às 23h32 UTC (21h32 pelo horário de Brasília) e de acordo com o site Satview.org, que realiza monitoramento de lixo espacial, trata-se de parte do segundo estágio de um foguete russo do tipo SL-23 (Identificação NORAD 43090), lançado em 26 de dezembro de 2017 a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
A reentrada não destruiu totalmente o objeto e parte dele atingiu o solo na região de Azángaro, Peru, ao norte do lago Titicaca, próximo à fronteira com a Bolívia.
O objeto foi localizado em uma região afastada de Azángaro e pelas imagens registradas trata-se do reservatório de combustível do SL-23.
O interessante é que ao mesmo tempo em que são resistentes às altas temperaturas, esses materiais também são muito leves (por exemplo, chapas de tungstênio) e como resultado a energia cinética no momento do impacto é tão baixa que raramente provoca danos de grande porte. O problema começa com a composição química residual, que dependendo do componente que sobreviveu à reentrada, pode conter material extremamente tóxico, como a hidrazina, utilizado como combustível ou até mesmo material radioativo, usado na geração de energia elétrica.
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