No último dia 18 de dezembro, o Sol completou 100 dias sem a presença de manchas solares no ano de 2017. A última vez que essa anomalia aconteceu foi em 2009, quando a estrela totalizou 260 dias sem manchas.
Sol, registrado pelo satélite de observação solar SDO, da NASA, em 20 de dezembro de 2017.
Embora a variação de luminosidade seja parte natural do ciclo solar, a diminuição da irradiação e nível de atividade observada por satélites pode, segundo alguns estudos, afetar a química da atmosfera superior e alterar os padrões climáticos globais.
Apesar de parecer pequena à primeira vista, 0.1% a menos de irradiação é um número muito expressivo. Normalmente, a Terra recebe 1361 Watts por metro quadrado de energia proveniente da estrela. Considerando que a Terra tem 560 milhões de quilômetros quadrados, a perda de energia diária representa mais que a soma de todas as fontes energéticas terrestres juntas, incluindo as gerações naturais e artificiais.
Para tentar entender essa dinâmica estelar e como isso pode influenciar a dinâmica terrestre, a empresa SpaceX levou até a Estação Espacial Internacional um sensor altamente especializado, chamado TSIS-1. O objetivo é coletar dados espaciais ligados ao ambiente solar, que possam trazer novas pistas sobre esse declínio na irradiação.
Irradiação Solar desde 1978.
Ciclo Solar
A cada 11 anos, aproximadamente, o Sol passa por momentos alternados de alta e baixa atividade eletromagnética, conhecidos por mínimos e máximos solares. Esse período é chamado de ciclo solar ou de Schwabe e desde que as observações começaram a ser feitas já foram contados 24 ciclos até o ano de 2015.
Inverno Implacável
Entre 1645 e 1715, o Sol passou por um estranho período, com atividade quase nula. Durante 70 anos, as manchas solares se tornaram extremamente raras e o ciclo de 11 anos parecia ter se rompido. Coincidência ou não, esse período de enfraquecimento coincidiu com uma série de invernos implacáveis que atingiram o hemisfério Norte.
Mínimo de Maunder
Esse período no comportamento do Sol ficou conhecido como Mínimo de Maunder e até hoje os cientistas não sabem ao certo como ele foi disparado e nem se de fato realmente influenciou o clima na Terra.
Por razões ainda não compreendidas, o ciclo de manchas solares se normalizou no século 18, voltando ao período normal de 11 anos.
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