Sem expectativa de chuva, "condições climáticas críticas para incêndios" devem persistir nos próximos três dias
Bombeiros lutavam nesta quinta-feira para conter a propagação de incêndios florestais que já mataram ao menos 29 pessoas no norte da Califórnia, no que autoridades do estado americano disseram ser a pior tragédia com fogo na região em 84 anos. O tempo seco e ventos fortes ameaçavam espalhar ainda mais as chamas, que já somam quase duas dúzias de focos de incêndio espalhados por oito condados e que vêm ganhando força desde que irromperam no domingo.
O número de mortos igualou o registrado em um incêndio no Griffith Park, em Los Angeles, em 1933, mas a contagem de vítimas ainda pode subir, uma vez que há muitos desaparecidos. O Serviço Nacional do Clima dos Estados Unidosalertou na manhã desta quinta-feira para a persistência de “condições climáticas críticas para incêndios” na área nos próximos três dias. Não há expectativa de chuva, e ventos secos de mais de 55 km/h estão soprando do norte.
O incêndio mais mortal da Califórnia, conhecido como Tubbs, estava a três quilômetros de Calistoga, uma comunidade do mundialmente famoso setor vinicultor do Vale de Napa cujos 5 mil residentes foram orientados a deixar suas casas na quarta-feira. “Vai depender do vento” a cidade queimar ou não, disse o chefe de bombeiros de Calistoga, Steve Campbell, à agência Reuters, no início desta quinta-feira. “Há previsão de ventos fortes, mas ainda não os recebemos”.
Na noite de quarta-feira novas ordens de retirada também foram emitidas no condado de Sonoma para partes de Santa Rosa, a maior cidade da região de vinhedos, e para Geyserville, uma pequena cidade de 800 pessoas.
Os incêndios arrasaram cerca de 69 mil hectares de terras e destruíram cerca de 3.500 edifícios. Bairros inteiros foram reduzidos a paisagens de cinzas, árvores queimadas e carros incinerados.
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