Poeira espacial: luz zodiacal é registrada sobre o rio Colorado



Em algumas épocas do ano, uma faixa vertical de luz brilhante pode ser observada no céu antes do nascer do Sol ou após este se pôr. Trata-se do fenômeno da luz zodiacal, que já foi tema de doutorado de famoso astro do rock.

Luz Zodiacal
A luz zodiacal é bastante tênue e pode ser vista o céu ocidental. Ela é criada pela luz solar refletida na poeira existente no plano das órbitas dos planetas, especialmente Júpiter, que cai em direção ao Sol em formato de espiral. Essa poeira tem como origem o impacto de asteroides, cometas e material remanescente da formação do sistema solar.
No hemisfério sul, o melhor período para observar a luz zodiacal é durante a primavera, depois do pôr do sol, quando o céu já está completamente escuro. No hemisfério norte a luz zodiacal pode ser mais bem observada no outono, antes de o Sol nascer.
Nesta cena publicada, registrada pelo astrofotógrafo David Lane, vemos a luz zodiacal acima da chamada "Curva da Ferradura", uma bela formação rochosa formada às margens do rio Colorado, no estado do Arizona.
Além da coluna de luz zodiacal, vemos o céu salpicado de estrelas, incluindo a estrela Sirius, à esquerda, as Plêiades, além de uma grande variedade de nebulosa vermelha, incluindo o loop de Barnard, uma nebulosa de emissão no interior da constelação de Orion, vista no horizonte inferior esquerdo.
Astro do Rock e a Luz Zodiacal
A primeira vez que a luz zodiacal teve sua descrição detalhada foi em 1683, feira pelo matemático e astrônomo italiano Giovanni Domenico Cassini. Posteriormente foi explicada pelo suíço Nicolas Fatio de Duillier, em 1684. Desde então, o fenômeno é sistematicamente estudado e já foi tema de doutorado do guitarrista da banda inglesa Queen, Brian May.


Brian May e a Luz zodiacal
Os estudos de Brian May foram interrompidos nos anos da década 1970 quando o guitarrista, agora PhD em astrofísica, passou a se dedicar à banda inglesa Queen.

A tese de May foi desenvolvida no Instituto de Astrofísica do Observatório Teide e Izana, na ilha de Tenerife, nas ilhas Canárias e trata basicamente da velocidade radial da poeira observada. O estudo foi publicado em 2006 e se baseia em observações e dados coletados por Brian May nos anos de 1971 e 1972, durante observações em Tenerife.

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