Coreia do Norte lança míssil a partir de submarino







EUA e Coreia do Sul condenam novo teste de mísseis feito pelo regime de Pyongyang. Lançamento ocorre dias depois de novas sanções impostas pelo governo americano. 

 

A Coreia do Norte lançou neste sábado (09/07) um míssil balístico a partir de um submarino no Mar do Japão. Em comunicado, o governo da Coreia do Sul condenou de "maneira contundente" o que chamou de "provocação" do país vizinho.
O lançamento foi feito às 11h30 (horário local) nas águas do litoral sudeste da cidade de Sinp'o. Segundo autoridades militares sul-coreanas, houve falhas na primeira parte do teste.
"O lançamento do míssil balístico através de um submarino aconteceu com normalidade, mas consideramos que houve uma falha na fase inicial do voo", diz a nota.
O Comando Estratégico dos EUA disse que foi possível rastrear o míssil sobre o mar entre a Península da Coreia e o Japão, onde ele aparentemente caiu. "Nós condenamos fortemente esse e outros testes com mísseis feitos recentemente pela Coreia do Norte", diz em comunicado.
Segundo a agência de notícias Yonhap, o míssil explodiu a uma altitude de cerca de 10 quilômetros. Em abril, o Exército norte-coreano já tinha realizado outra tentativa de lançamento de míssil balístico com um submarino.
Fontes militares avaliam que, apesar de não concluir o teste com êxito, a Coreia do Norte conseguiu progressos na parte inicial do lançamento submarino de tecnologia SLBM. Seul acredita que as Forças Armadas norte-coreanas poderiam estar preparadas para lançar mísseis balísticos com submarinos de forma bem-sucedida num período de três anos.
"Declaração de guerra"
Em junho, após cinco tentativas fracassadas, a Coreia do Norte obteve sucesso no teste de um míssil de médio alcance. De acordo com observadores japoneses, americanos e sul-coreanos, o míssil teria chegado à metade do caminho para a ilha de Honshu, a principal ilha do Japão.
Várias resoluções da ONU proíbem a Coreia do Norte de desenvolver testes de mísseis balísticos devido ao atual programa de armas nucleares do país.
Nesta semana, os Estados Unidos anunciaram sanções financeiras contra o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e outros dez funcionários do regime comunista por violação de direitos humanos. Em resposta, o Ministério norte-coreano das Relações Exteriores afirmou que a medida é uma "aberta declaração de guerra".

Coreia do Sul e EUA anunciam instalação de sistema antimísseis; China protesta¹

A Coreia do Sul e os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira que instalariam um sistema avançado de defesa contra mísseis na Coreia do Sul para conter a ameaça da Coreia do Norte, que conta com armas nucleares, provocando um protesto imediato e forte da vizinha China.
O sistema antimíssil Defesa Aérea Terminal de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês) será usado somente como proteção contra a crescente capacidade nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, disseram o Ministério da Defesa sul-coreano e o Departamento de Defesa norte-americano.
"Essa é uma decisão importante”, declarou o general Vincent Brooks, comandante das forças dos EUA na Coreia do Sul, em comunicado. “O contínuo desenvolvimento pela Coreia do Norte de mísseis balísticos e armas de destruição em massa requer que a aliança tome essa medida de prudência e proteção para reforçar a nossa defesa contra mísseis.”
O anúncio se dá um dia depois de o Departamento do Tesouro norte-americano ter colocado o líder norte-coreano, Kim Jon Un, numa lista negra relacionada a abusos contra direitos humanos. A Coreia do Norte chamou isso de “uma declaração de guerra” e prometeu uma resposta dura.
Nesta sexta, Pequim apresentou reclamações aos embaixadores dos EUA e da Coreia do Sul por causa da decisão sobre o sistema antimísseis. A China também criticou a decisão de impor sanções contra o líder da sua aliada Coreia do Norte.

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