Soldados do Exército da Nigéria são vistos em Chibok, no dia 25 de março de 2016
A entidade
humanitária Human Rights Watch acusou soldados da República do Congo
nesta terça-feira de terem assassinado 18 pessoas, incluindo mulheres e
crianças, enquanto serviam como tropas pacificadoras da Organização das
Nações Unidas (ONU) e da União Africana na República Centro-Africana.
Uma
autoridade do Ministério da Defesa congolês, falando em
Brazzaville, disse existir uma investigação em andamento e rejeitou as
acusações de que a pasta ignorou as alegações.
A República
Centro-Africana mergulhou no caos em março de 2013, quando os rebeldes
da coalizão Seleka, predominantemente muçulmanos, tomaram o poder,
desencadeando represálias de milícias cristãs denominadas "anti-balaka".
A entidade
sediada em Nova York disse que soldados congoleses torturaram dois
líderes anti-balaka até a morte em dezembro de 2013, executaram
publicamente outros dois supostos anti-balaka em fevereiro de 2014 e
mataram dois civis por espancamento em 2015.
A HRW também
disse que uma vala coletiva, encontrada perto de uma base ocupada no
passada por tropas congolesas na cidade de Boali, continha os restos
mortais de 12 pessoas identificadas como ex-detentos dos soldados
pacificadores no dia 24 de março de 2014.
Segundo a
HRW, a força da ONU insistiu para que as tropas congolesas implicadas
nos supostos assassinatos fossem enviadas para casa e substituídas por
novas unidades.
Nigéria: novo grupo rebelde diz ter mísseis e ameaça lançar ataques
Um novo grupo rebelde da região
petrolífera do delta do Níger ameaçou, nesta segunda-feira, lançar
ataques iminentes contra alvos estratégicos na Nigéria, sobretudo, do
setor do petróleo.
Em um comunicado divulgado hoje, a Força
Conjunta de Libertação do Delta do Níger (JNDLF, na sigla em inglês)
ameaçou tomar "todas essas infraestruturas que foram construídas ao
longo do país com o dinheiro dos nossos recursos petrolíferos". Entre
eles, estão a sede da Presidência e vários prédios oficiais na capital,
Abuja.
Além da Presidência, a lista de alvos
inclui os ministérios, o Parlamento, a sede da Companhia Petrolífera
Nacional (NNPC), o Banco Central em Abuja, as sedes dos grandes grupos
de petróleo estrangeiros e instalações do Exército.
"Vamos fazer o governo e as companhias de
petróleo sofrerem, assim como eles fizeram a população da região do
delta do Níger sofrer ao longo dos anos (...) com a poluição do
ambiente", declarou o chamado Conselho Revolucionário da JNDLF na nota
divulgada.
O grupo diz estar equipado com "mísseis" e
ter a intenção de dominar os soldados encarregados da proteção das
infraestruturas estratégicas dessa região.
No último sábado (4), em nota divulgada
on-line, os Vingadores do Delta do Níger (NDA, na sigla em inglês)
convocaram os rebeldes a unir suas forças e serem fortes e determinados,
comprometendo-se, porém, a não realizar "ações que ponham vidas em
risco".
Nas últimas semanas, inúmeras instalações
petrolíferas concentradas nessa região foram atacadas. Grande parte
dessas ofensivas foi reivindicada pelo NDA, grupo com intenções
claramente separatistas, que diz militar por uma melhor distribuição da
receita oriunda do petróleo no país.
O presidente Muhammadu Buhari ordenou um
dispositivo de segurança reforçada no Delta, para tentar conter esses
ataques. Em decorrência dessa escalada, a produção de petróleo na
Nigéria já caiu para 1,4 milhão de barris por dia, bem abaixo dos 2,2
milhões previstos no Orçamento 2016.
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