Editoria: Fenômenos Naturais - Terremotos
Quarta-feira, 13 jan 2016 - 09h52
Tremores em Londrina: cientistas apresentam primeiros resultados |
Registro sismográfico de um tremor de 1,6 magnitude ocorrido em 11 de janeiro, as 00h39, no Jardim Califórnia, Londrina, PR.
Diversas hipóteses foram levantadas, desde explosões em bolsões de gás da rede pública ou em obras da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), até possíveis infiltrações, desmoronamentos ou movimentações naturais de camadas abaixo do solo.
Aquela região do Estado do Paraná não é sismicamente ativa e uma resposta para a causa dos eventos só pode ser dada após uma análise criteriosa de dados sismográficos, que agora começam a ser coletados.
Mapa da distribuição de sensores implantados em parceria entre o IAG-USP e Universidade Estadual de Londrina.
De acordo com o boletim emitido na terça-feira, 12 de janeiro, desde que foram instalados os instrumentos já detectaram oito tremores, o mais forte registrado às 14h42 do dia 11, cuja magnitude foi estimada em 1,7.
Segundo o boletim, dos oito tremores já catalogados, pelo menos seis tiveram seu epicentro localizado no Jardim Califórnia.
As primeiras observações revelaram que as formas de onda de dois tremores são muito parecidas, o que pode indicar que os epicentros estão a poucas dezenas de metros de distância um do outro e que o mecanismo de geração dos tremores é o mesmo.
O boletim informa que apenas a estação sismográfica LDASE está enviando dados em tempo real ao Centro de Sismologia, em SP. As outras estações precisam de coletas manuais dos dados armazenados, o que será feito nos próximos dias. Sem os dados das outras estações não é possível calcular a profundidade dos eventos, mas o fato de cada tremor ser sentido fortemente numa área bem restrita pode ser indício que o foco é muito superficial e provavelmente está na camada de basalto, apenas algumas dezenas de metros abaixo da camada de solo.
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