O México passa por "uma epidemia de desaparecimentos", denunciou a ONG Anistia Internacional (AI).
Em relatório divulgado na última quinta-feira, dia 14, organização explicou que "a incompetência sistêmica e a completa falta de vontade por parte das autoridades federais e estaduais mexicanas (...) estão alimentando uma crise de direitos humanos de proporções epidêmicas".
Desde 2006, quando o governo de Felipe Calderón deu início a uma resposta militarizada ao narcotráfico, milhares de pessoas morreram ou desapareceram em meio ao aumento assustador dos níveis de violência no país.
De acordo com o relatório "Tratado com insensibilidade: A resposta do Estado aos desaparecimentos no México", 27 mil pessoas seguem desaparecidas no México desde então.
Segundo a diretora para as Américas da AI, Erika Guevara-Rosas, "tragicamente, os desaparecimentos se transformaram em uma ocorrência comum por todo o México que acabaram se tornando parte da vida cotidiana. São raras as ocasiões em que as investigações realmente acontecem, sendo apenas um pouco mais do que uma mera formalidade para fingir que algo é feito".
Além disso, "em muitos casos, os indivíduos que são dados como desaparecidos foram vistos pela última vez sendo presos pela polícia ou detidos pelos militares".
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