A presença militar dos Estados Unidos no Golfo antes era uma ameaça séria, mas agora é uma oportunidade, disse um comandante do alto escalão da Guarda Revolucionária Iraniana neste domingo, segundo a agência de notícias estudantil iraniana (Isna, na sigla em inglês).
O Pentágano deslocou forças, incluindo um porta-aviões e bombardeiros B-52, ao Oriente Médio para combater o que autoridades dos EUA disseram ser “claras indicações” de ameaças pelo Irã às suas forças na região. “Um porta-aviões que tem ao menos 40 a 50 aviões e 6 mil tropas reunidas nele era uma séria ameaça para nós no passado mas agora... as ameaças se tornaram oportunidades”, disse Amirali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária.
Ele acrescentou que “se (os norte-americanos) fizerem algum movimento, os atingiremos na cabeça”. O comandante da Guarda, o major-general Hossein Salami, disse em uma sessão parlamentar neste domingo que os EUA iniciaram uma guerra psicológica na região, segundo um porta-voz parlamentar.
Separadamente, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse no Twitter neste domingo que o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, havia feito planos para os EUA se retirarem do acordo nuclear de 2015 e adotar uma postura mais agressiva em relação ao Irã antes mesmo de assumir seu atual cargo.
Zarif publicou no Twitter um link para um artigo escrito por Bolton e publicado pela revista National Review em 2017 com o título “Como Sair do Acordo Nuclear Iraniano”.
O Pentágano deslocou forças, incluindo um porta-aviões e bombardeiros B-52, ao Oriente Médio para combater o que autoridades dos EUA disseram ser “claras indicações” de ameaças pelo Irã às suas forças na região. “Um porta-aviões que tem ao menos 40 a 50 aviões e 6 mil tropas reunidas nele era uma séria ameaça para nós no passado mas agora... as ameaças se tornaram oportunidades”, disse Amirali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária.
Ele acrescentou que “se (os norte-americanos) fizerem algum movimento, os atingiremos na cabeça”. O comandante da Guarda, o major-general Hossein Salami, disse em uma sessão parlamentar neste domingo que os EUA iniciaram uma guerra psicológica na região, segundo um porta-voz parlamentar.
Separadamente, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse no Twitter neste domingo que o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, havia feito planos para os EUA se retirarem do acordo nuclear de 2015 e adotar uma postura mais agressiva em relação ao Irã antes mesmo de assumir seu atual cargo.
Zarif publicou no Twitter um link para um artigo escrito por Bolton e publicado pela revista National Review em 2017 com o título “Como Sair do Acordo Nuclear Iraniano”.
Arábia Saudita denuncia sabotagem contra petroleiros¹
A Arábia Saudita afirmou nesta segunda-feira (13/05) que dois navios petroleiros de bandeira saudita foram alvos de "ataques de sabotagem" enquanto navegavam próximo à costa dos Emirados Árabes Unidos. Riad condenou o ocorrido como uma tentativa de minar a segurança do abastecimento internacional de petróleo bruto.
Os Emirados confirmaram neste domingo que quatro navios comerciais foram alvos de sabotagem ao navegarem próximo ao emirado de Fujeira, um dos maiores centros de abastecimento de petroleiros em todo o mundo, localizado na parte externa do estreito de Ormuz. O incidente ocorreu após os Estados Unidos advertirem que "o Irã ou os seus representantes" poderiam ter como alvo o tráfego marítimo na região, o que fez com que Washington enviasse um porta-aviões e bombardeiros à região do Golfo Pérsico.
As autoridades dos Emirados Árabes não atribuíram responsabilidade a nenhum grupo ou país, mas alertaram que "realizar ataques de sabotagem em navios civis e comerciais e ameaçar a segurança e as vidas dos que estão a bordo é um acontecimento grave".
Após os ataques, o preço do petróleo bruto nos mercados mundiais chegou a aumentar em 1,1%, com o barril chegando a custar 71,77 dólares. O ministro saudita da Energia, Khalid al-Falih, disse em nota que os ataques não deixaram vítimas nem resultaram em derramamentos, mas causaram danos significativos nas estruturas dos navios.
A associação independente de proprietários de petroleiros Intertanko afirma que, segundo imagens às quais o grupo teve acesso, "ao menos dois navios possuem rombos nas laterais devido ao impacto de armamentos".
O ministério do Exterior dos Emirados Árabes Unidos confirmou que não houve vítimas e disse que as operações no porto de Fujeira continuam normalmente. O órgão afirma que foi aberta uma investigação em cooperação com autoridades internacionais e pediu às grandes potências mundiais que ajam para impedir ataques à segurança marítima internacional.
O estreito de Ormuz, que liga os Estados do Golfo Pérsico ao Irã, é uma das principais rotas mundiais do transporte de gás e petróleo. Além do aumento da presença militar americana na região, o atual acirramento das tensões entre o Irã e os Estados Unidos envolve a reimposição de sanções a Teerã por parte de Washington.
As tensões se agravaram após Teerã anunciar, na semana passada, que deixará de cumprir algumas das medidas previstas no acordo nuclear de 2015, do qual Washington anunciou sua retirada no ano passado, mas ainda fazem parte Irã, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha.
Pouco depois do anúncio de Teerã, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma nova leva de sanções contra o Irã. O Ministério iraniano do Exterior disse que os ataques de sabotagem em Fujeira são "preocupantes e abomináveis" e pediu a abertura de investigações, alertando contra agentes estrangeiros de países terceiros que teriam o objetivo de prejudicar a segurança regional.
O Secretário de Estado americano, Mike Pompeo, cancelou uma visita a Moscou para tomar parte em conversações com autoridades europeias sobre o Irã em Bruxelas nesta segunda-feira. Ele se reunirá com representantes da Alemanha, França e Reino Unido para discutir "questões urgentes", segundo afirma um comunicado do Departamento de Estado dos EUA.
Como resposta às supostas ameaças iranianas, os EUA vêm reforçando sua presença militar no Oriente Médio, inclusive com o envio de bombardeios B-52 e de um porta-aviões. Na sexta-feira, o Pentágono anunciou que enviará ainda um navio de assalto anfíbio e uma bateria de mísseis Patriot para reforçar a segurança na região.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, tradicionais aliados muçulmanos sunitas, apoiam as sanções americanas contra o Irã, seu adversário comum. No passado, Teerã chegou a ameaçar o fechamento do estreito de Ormuz no caso de um confronto militar com os Estados Unidos.
Os Emirados confirmaram neste domingo que quatro navios comerciais foram alvos de sabotagem ao navegarem próximo ao emirado de Fujeira, um dos maiores centros de abastecimento de petroleiros em todo o mundo, localizado na parte externa do estreito de Ormuz. O incidente ocorreu após os Estados Unidos advertirem que "o Irã ou os seus representantes" poderiam ter como alvo o tráfego marítimo na região, o que fez com que Washington enviasse um porta-aviões e bombardeiros à região do Golfo Pérsico.
As autoridades dos Emirados Árabes não atribuíram responsabilidade a nenhum grupo ou país, mas alertaram que "realizar ataques de sabotagem em navios civis e comerciais e ameaçar a segurança e as vidas dos que estão a bordo é um acontecimento grave".
Após os ataques, o preço do petróleo bruto nos mercados mundiais chegou a aumentar em 1,1%, com o barril chegando a custar 71,77 dólares. O ministro saudita da Energia, Khalid al-Falih, disse em nota que os ataques não deixaram vítimas nem resultaram em derramamentos, mas causaram danos significativos nas estruturas dos navios.
A associação independente de proprietários de petroleiros Intertanko afirma que, segundo imagens às quais o grupo teve acesso, "ao menos dois navios possuem rombos nas laterais devido ao impacto de armamentos".
O ministério do Exterior dos Emirados Árabes Unidos confirmou que não houve vítimas e disse que as operações no porto de Fujeira continuam normalmente. O órgão afirma que foi aberta uma investigação em cooperação com autoridades internacionais e pediu às grandes potências mundiais que ajam para impedir ataques à segurança marítima internacional.
O estreito de Ormuz, que liga os Estados do Golfo Pérsico ao Irã, é uma das principais rotas mundiais do transporte de gás e petróleo. Além do aumento da presença militar americana na região, o atual acirramento das tensões entre o Irã e os Estados Unidos envolve a reimposição de sanções a Teerã por parte de Washington.
As tensões se agravaram após Teerã anunciar, na semana passada, que deixará de cumprir algumas das medidas previstas no acordo nuclear de 2015, do qual Washington anunciou sua retirada no ano passado, mas ainda fazem parte Irã, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha.
Pouco depois do anúncio de Teerã, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma nova leva de sanções contra o Irã. O Ministério iraniano do Exterior disse que os ataques de sabotagem em Fujeira são "preocupantes e abomináveis" e pediu a abertura de investigações, alertando contra agentes estrangeiros de países terceiros que teriam o objetivo de prejudicar a segurança regional.
O Secretário de Estado americano, Mike Pompeo, cancelou uma visita a Moscou para tomar parte em conversações com autoridades europeias sobre o Irã em Bruxelas nesta segunda-feira. Ele se reunirá com representantes da Alemanha, França e Reino Unido para discutir "questões urgentes", segundo afirma um comunicado do Departamento de Estado dos EUA.
Como resposta às supostas ameaças iranianas, os EUA vêm reforçando sua presença militar no Oriente Médio, inclusive com o envio de bombardeios B-52 e de um porta-aviões. Na sexta-feira, o Pentágono anunciou que enviará ainda um navio de assalto anfíbio e uma bateria de mísseis Patriot para reforçar a segurança na região.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, tradicionais aliados muçulmanos sunitas, apoiam as sanções americanas contra o Irã, seu adversário comum. No passado, Teerã chegou a ameaçar o fechamento do estreito de Ormuz no caso de um confronto militar com os Estados Unidos.
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