Neste ano, a sala onde o coronel Claus von Stauffenberg tentou explodir Hitler com uma bomba em 20 de julho de 1944 está sendo reconstruída como parte de uma grande reforma da famigerada "Wolfschanze", ou "Toca do Lobo", nome do antigo quartel-general oriental onde o líder nazista passou grande parte da guerra.
Construído na antiga região alemã da Prússia Oriental, o complexo está localizado hoje dentro do território da Polônia. A sala de conferências foi devastada na tentativa de assassinato, quando uma explosão matou quatro oficiais nazistas. Hitler escapou apenas com ferimentos leves.
A grossa mesa de carvalho desviou os estilhaços da bomba que o conde Claus von Stauffenberg colocara no chão antes de deixar o recinto rumo a Berlim. O projeto de restauração acontece por ocasião do 75º aniversário da tentativa de assassinato em 20 de julho deste ano. Ele contará com modelos de Hitler em tamanho real, assim como de todos que estavam presentes naquele dia fatídico.
"A prioridade deste ano é a reconstrução da sala de reuniões na qual Stauffenberg realizou uma tentativa malsucedida de assassinato contra Hitler", disse Sebastian Trapik, porta-voz do memorial Wolfsschanze. Ele acrescenta ainda que, além da exibição de "figuras simbólicas representando os presentes no momento da explosão", performances também podem ser realizadas.
Construído na antiga região alemã da Prússia Oriental, o complexo está localizado hoje dentro do território da Polônia. A sala de conferências foi devastada na tentativa de assassinato, quando uma explosão matou quatro oficiais nazistas. Hitler escapou apenas com ferimentos leves.
A grossa mesa de carvalho desviou os estilhaços da bomba que o conde Claus von Stauffenberg colocara no chão antes de deixar o recinto rumo a Berlim. O projeto de restauração acontece por ocasião do 75º aniversário da tentativa de assassinato em 20 de julho deste ano. Ele contará com modelos de Hitler em tamanho real, assim como de todos que estavam presentes naquele dia fatídico.
"A prioridade deste ano é a reconstrução da sala de reuniões na qual Stauffenberg realizou uma tentativa malsucedida de assassinato contra Hitler", disse Sebastian Trapik, porta-voz do memorial Wolfsschanze. Ele acrescenta ainda que, além da exibição de "figuras simbólicas representando os presentes no momento da explosão", performances também podem ser realizadas.
Do local histórico, sobraram apenas as fundações do edifício do quartel onde a explosão ocorreu. Situado em densos bosques nas proximidades de K?trzyn, na antiga Prússia Oriental, o complexo é marcado por um memorial ao herói da resistência Stauffenberg, que, juntamente com três outros conspiradores, foi morto a tiros no pátio da sede militar de Bendlerblock em Berlim, horas após o atentado fracassado.
Resgatando o Holocausto
A reconstrução da Toca do Lobo é a mais recente de uma série de medidas destinadas a reorientar o significado histórico do local para os seus 300 mil visitantes anuais.
Há muito tempo, historiadores e visitantes condenam o QG da Frente Oriental como uma armadilha turística macabra, focada mais em entreter do que em informar as pessoas sobre as decisões fatídicas tomadas por lá. O diretor do Museu do Levante do Gueto de Varsóvia, Jan Oldakowski, por exemplo, descreveu o local certa vez como uma "Disneylândia grotesca".
Mas nos bunkers que agora se encontram em ruínas e cobertos de musgo, como templos maias no meio da selva, foram tomadas decisões para levar a cabo o Holocausto, e também de não fazer prisioneiros no sufocamento do Levante de Varsóvia em agosto de 1944 - quando 250 mil poloneses foram mortos.
Esta história importante será fundamental para a reformulação completa da Toca do Lobo, lançada pela Inspetoria Florestal polonesa, que assumiu o local de um arrendatário privado em 2017.
Refletindo sobre o passado
Antes da modernização, havia pouca informação histórica além de algumas placas com mapas mostrando os principais bunkers e outra explicando o atentado de 20 de julho. Havia guias particulares à disposição, mas alguns se concentravam mais em informações técnicas, como a espessura das paredes, do que no contexto histórico.
A nova administração fechou o que Sebastian Trapik chama de "entretenimento de parque de diversões", incluindo um campo de tiro em ruínas onde os turistas podiam, por alguns centavos, disparar rajadas de projéteis em garrafas plásticas com réplicas de metralhadoras pneumáticas MP40. O campo ficava no antigo bunker do general Alfred Jodl, enforcado em Nurembergue por crimes de guerra.
Ao mesmo tempo, enquanto as sessões de paintball que costumavam ser oferecidas aqui foram interrompidas, neste mês foram instalados painéis informativos fora dos prédios, e um documentário agora é exibido em uma das barracas. Também foram lançadas novas exposições sobre armas e equipamentos militares, assim como sobre o Levante de Varsóvia, além de um aplicativo multimídia para visitantes.
Para a criação de novas exposições e painéis informativos, Trapik conta que a inspetoria consultou historiadores e literatura sobre o local, e que o número de visitantes já dá sinais de crescimento. A reconstrução de trilhas turísticas e a instalação de nova iluminação neste ano também permitirão que os visitantes caminhem em volta dos bunkers durante a noite.
E se hoje turistas podem passar a noite em um dos poucos edifícios intactos, nos próximos cinco anos serão concluídos um quartel pintado de verde que costumava abrigar oficiais da SS, um novo hotel, restaurante, sala de conferências e centro de visitantes.
Capital nazista de fato
Depois que Hitler se mudou para seu bunker na Frente Oriental em junho de 1941, dois dias após o início da invasão soviética, a Toca do Lobo se tornou a capital efetiva do Terceiro Reich. O ditador nazista passou 850 dias no vasto local, que incluía 50 bunkers e 70 prédios, dois aeródromos, uma estação ferroviária e baterias antiaéreas.
A partir da Toca do Lobo, que abrigava cerca de 2 mil pessoas, eram dirigidas as operações militares alemãs em todas as frentes. Havia oito enormes bunkers para a cúpula nazista. Hitler, seu secretário Martin Bormann e Hermann Göring tinham cada um o seu, com um bunker extra para convidados de Estado, como Benito Mussolini e Pierre Laval, o líder do regime francês de Vichy.
Os telhados eram continuamente engrossados para proteger os bunkers das bombas aliadas. No final, o teto de Hitler tinha oito metros de espessura.
Comentários
Postar um comentário