AMAN – Equipe mista de cadetes obtém resultado inédito



Equipe brasileira da AMAN com cadetes-mulheres obtém resultado inédito em "campo de batalha" no México



   




Resende (RJ) – No sábado, 9 de março, a equipe de 11 cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) retornou do México, onde participou de uma competição internacional entre representantes de escolas militares de vários países. Além de trazerem troféus e medalhas em suas bagagens, os cadetes chegaram com o nobre sentimento de dever cumprido e o orgulho de pertencer à AMAN fortalecido.
 
Equipes do Brasil, Canadá, El Salvador, Estados Unidos da América, Guatemala, Honduras, México, Sri Lanka e Venezuela, constituídas por alunos de escolas militares, quase 100 ao todo, se enfrentaram na competição denominada “Chimaltlalli”, que significa Campo de Batalha na antiga língua asteca.



 
A equipe de cadetes da AMAN elevou, ainda mais, o nome do Exército Brasileiro no exterior, ao obter a segunda colocação entre os nove países, ficando classificados logo após a equipe mexicana. Em terceiro lugar, ficou a equipe do Real Colégio Militar do Canadá.

O patamar atingido pela equipe brasileira neste ano é inédito na história da competição, que é sediada no México desde 2014. Merece destaque, também, a participação, pela primeira vez na história da AMAN, de duas cadetes da linha de ensino militar bélico nessa competição internacional.
 
Realizada na Cidade do México, no Heroico Colégio Militar, a competição é constituída por 17 etapas distribuídas em um percurso de 35 quilômetros, com pista do combatente, pista de liderança, primeiros-socorros, tiro de fuzil, tiro de pistola e habilidades aquáticas. Segundo a equipe, um dos maiores desafios encontrados na competição foi a dificuldade de respirar devido à altitude e ao clima característico da região.
 
A equipe da AMAN – constituída pelos cadetes Falci, Sales, Alves Rodrigues, Ronaldo, Vitali, Dartora, Tiago Vieira, Galli, Hoberdan, Ana e Fabiana – foi treinada e acompanhada por oficiais especializados em Operações na Selva e em Educação Física e por Forças Especiais do Exército Brasileiro, instrutores da AMAN.

Os cadetes foram selecionados em 2018 para compor a equipe que representou o Brasil neste ano. O processo seletivo compreendeu na realização de provas de natação, percurso de 12 quilômetros a pé com todo o equipamento e armamento, pistas de obstáculos, tiro, dentre outros testes.



 
"Foi a primeira vez que cadetes mulheres da AMAN participaram da Competição Chimaltlalli e acho que nos saímos muito bem, pois estávamos preparadas para o tipo de atividade realizada, uma vez que a formação da AMAN proporciona ao cadete um ótimo preparo físico e o conhecimento necessário para atuar sob pressão e em diferentes ambientes", comentou a Cadete Ana Luiza Santana, 20 anos, nascida em Unaí (MG), uma das integrantes da equipe brasileira.
 
De acordo com a Cadete Ana, "a equipe estava muito unida, motivada e preparada. Os treinamentos foram muito bem conduzidos e direcionados. Como consequência, a equipe se saiu muito bem, conquistando, pela primeira vez, o segundo lugar na competição. A oportunidade de conhecer novas culturas, praticar outros idiomas e atuar em um ambiente totalmente diferente do seu país acrescentaram muito tanto na sua vida pessoal, quanto na profissional".
 
Na opinião da Cadete Fabiana Muzzi Leite, 21 anos, natural de Brasília (DF), que também integrou a equipe de forma inédita, "para participar de uma competição desse nível, é essencial um bom preparo físico e ter conhecimentos técnicos em assuntos inerentes à profissão militar. Além de tudo isso, é necessária a vontade e a certeza do cumprimento da missão, assim como liderança, coragem, camaradagem e espírito de corpo dos integrantes da equipe".
 
"Pela primeira vez na história da competição, uma equipe brasileira alcançou o segundo lugar geral. Isso se deve a excelente qualidade dos treinamentos realizados e a motivação pessoal de cada um dos competidores, que fortaleceram a união e o espírito de corpo, levando a equipe a ter um excepcional resultado", avaliou Luiz Eduardo Fernandes Falci, 23 anos, natural de Juiz de Fora (MG), comandante da equipe brasileira.
 
"A equipe da AMAN foi muito bem nas etapas mais técnicas, em que os Cadetes deviam resolver uma situação problema sob condições adversas. As provas de habilidades aquáticas e combate urbano são exemplos de etapas técnicas em que o Brasil se destacou. Achei ainda, que as cadetes-mulheres da linha combatente, que tiveram participação inédita na equipe brasileira, mostraram-se muito motivadas no cumprimento do dever, além de demonstrarem um excepcional preparo físico e intelectual", comentou o Cadete Falci.
 
Os cadetes brasileiros deram uma inequívoca demonstração de competência profissional, coragem e perseverança, representando dignamente a AMAN e o Exército Brasileiro


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