Forças de segurança da Venezuela têm detido e torturado dezenas de militares acusados de conspirar contra o governo e, em alguns casos, até seus familiares, disseram dois grupos de direitos humanos em relatório publicado nesta quarta-feira.
O relatório da Human Rights Watch e da organização venezuelana Fórum Penal, que também afirma que as forças torturaram civis, é publicado no momento em que países da região pedem que a Corte Penal Internacional investigue o governo da Venezuela por supostos crimes contra a humanidade.
O relatório, que documenta diversos incidentes ocorridos em 2018, sugere que o governo venezuelano está preocupado com a lealdade das Forças Armadas, à medida que um colapso econômico desencadeia ampla emigração e diversos países advertem que não irão reconhecer o presidente Nicolás Maduro, depois que ele tomar posse para um novo mandato na quinta-feira.
Os grupos identificaram 32 casos, nos quais supostos conspiradores detidos pelo serviço de inteligência Sebin, e pelo grupo de inteligência militar DGCIM foram alvos de espancamentos, asfixiamento e choques elétricos para revelar detalhes dos supostos planos contra o governo.
Quando autoridades não conseguiam encontrar os suspeitos, em alguns casos, eles detinham e abusavam de familiares para descobrir sua localização, segundo o relatório. “O governo venezuelano tem brutalmente reprimido membros das Forças Armadas acusados de conspirar contra ele”, disse o diretor da Human Rights Watch para as Américas, José Miguel Vivanco, em comunicado.
“Os agentes de inteligência não apenas estão detendo e torturando membros das Forças Armadas mas, em alguns casos, estão indo atrás de suas famílias e outros civis”. Em um caso específico, um dia antes de Maduro ser reeleito em uma votação no dia 20 de maio de 2018 amplamente considerada como uma farsa, oficiais do Exército não identificados prenderam José Marulanda, parceiro de uma sargenta do Exército acusada de conspirar contra o governo. Marulanda disse ter sido espancado na cabeça com tanta força na sede da DGCIM, que perdeu a audição do ouvido direito, segundo os grupos.
O Ministério de Informação da Venezuela não respondeu a pedido por comentário sobre o relatório. Maduro frequentemente acusa os Estados Unidos e o governo de direita da vizinha Colômbia de conspirar para derrubá-lo.
Autoridades também dizem que grupos de direitos humanos minimizam atos de violência cometidos pela oposição, incluindo incidentes como atear fogo em um homem durante um protesto e usar explosivos contra policiais.
Os dois grupos de direitos humanos já acusaram a Venezuela de torturar adversários do governo durante protestos em 2017, nos quais mais de 120 pessoas morreram. Mais de 170 soldados foram detidos por traição, rebelião e deserção no início de 2018, frente ao total de 196 em todo o ano de 2017, de acordo com documentos vistos pela Reuters.
O relatório, que documenta diversos incidentes ocorridos em 2018, sugere que o governo venezuelano está preocupado com a lealdade das Forças Armadas, à medida que um colapso econômico desencadeia ampla emigração e diversos países advertem que não irão reconhecer o presidente Nicolás Maduro, depois que ele tomar posse para um novo mandato na quinta-feira.
Os grupos identificaram 32 casos, nos quais supostos conspiradores detidos pelo serviço de inteligência Sebin, e pelo grupo de inteligência militar DGCIM foram alvos de espancamentos, asfixiamento e choques elétricos para revelar detalhes dos supostos planos contra o governo.
Quando autoridades não conseguiam encontrar os suspeitos, em alguns casos, eles detinham e abusavam de familiares para descobrir sua localização, segundo o relatório. “O governo venezuelano tem brutalmente reprimido membros das Forças Armadas acusados de conspirar contra ele”, disse o diretor da Human Rights Watch para as Américas, José Miguel Vivanco, em comunicado.
“Os agentes de inteligência não apenas estão detendo e torturando membros das Forças Armadas mas, em alguns casos, estão indo atrás de suas famílias e outros civis”. Em um caso específico, um dia antes de Maduro ser reeleito em uma votação no dia 20 de maio de 2018 amplamente considerada como uma farsa, oficiais do Exército não identificados prenderam José Marulanda, parceiro de uma sargenta do Exército acusada de conspirar contra o governo. Marulanda disse ter sido espancado na cabeça com tanta força na sede da DGCIM, que perdeu a audição do ouvido direito, segundo os grupos.
O Ministério de Informação da Venezuela não respondeu a pedido por comentário sobre o relatório. Maduro frequentemente acusa os Estados Unidos e o governo de direita da vizinha Colômbia de conspirar para derrubá-lo.
Autoridades também dizem que grupos de direitos humanos minimizam atos de violência cometidos pela oposição, incluindo incidentes como atear fogo em um homem durante um protesto e usar explosivos contra policiais.
Os dois grupos de direitos humanos já acusaram a Venezuela de torturar adversários do governo durante protestos em 2017, nos quais mais de 120 pessoas morreram. Mais de 170 soldados foram detidos por traição, rebelião e deserção no início de 2018, frente ao total de 196 em todo o ano de 2017, de acordo com documentos vistos pela Reuters.
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