A logística na Amazônia Ocidental e a difícil missão de suprir os mais de 20.000 militares da região



O Exército Brasileiro cumpre, na área do Comando Militar da Amazônia (CMA), a árdua missão de suprir, em Classe I, cerca de 20.000 homens e mulheres que servem na região, mantendo-os em condições de contribuir para a manutenção da soberania nacional, por meio da defesa diuturna de nossas fronteiras.
A estrutura logística do Exército Brasileiro prevê diversas classes de suprimento. Uma delas é a Classe I, que corresponde aos gêneros necessários à alimentação do pessoal militar, englobando os perecíveis, não perecíveis e rações operacionais. Na área do CMA, a logística do suprimento Classe I é gerenciada pela 12ª Região Militar (12ª RM), com o apoio do 12º Batalhão de Suprimento (12º B Sup), órgão provedor da área da Amazônia Ocidental.
Para que todos os integrantes do CMA recebam os alimentos, de maneira adequada e oportuna, é necessário que o suprimento passe por um ciclo composto pelas fases de aquisição, recebimento, armazenamento e distribuição.
 
 
Conheça as fases que compõem o ciclo de abastecimento
A fase de aquisição inicia-se com a estimativa das necessidades de suprimento Classe I feita anualmente pelo órgão provedor, por meio da documentação rotineiramente enviada pelas Unidades apoiadas, demonstrando seu consumo de gêneros alimentícios. Com base no Catálogo de Especificações dos Artigos de Subsistência (CEAS), o 12º B Sup envia a relação de itens e a estimativa de quantidades à 12ª RM, que dá início ao processo licitatório, resultando na efetiva compra e definição do cronograma de entrega.
A fase de recebimento tem início quando o órgão provedor, após tomar conhecimento dos contratos firmados pela 12ª RM, passa a realizar os agendamentos das entregas junto aos fornecedores. Porém, o material só poderá ser recebido após rigorosa análise qualitativa realizada pelo Laboratório de Inspeção de Alimentos e Bromatologia (LIAB), sendo o processo acompanhado por um representante da empresa fornecedora do insumo. Não havendo alterações na qualidade do gênero, tampouco na parte fiscal, o material é considerado recebido.
O armazenamento é feito nos depósitos do 12º B Sup, que são mantidos em condições adequadas de temperatura e umidade. Também há a preocupação com o controle de pragas, que é realizado por empresa especializada, prevenindo os estoques contra contaminação e perdas de material.
A última fase é a distribuição, que fará o suprimento chegar às Unidades apoiadas. Tendo em vista a complexidade geográfica da região amazônica, é necessário utilizar os três modais para transporte do suprimento: rodoviário, fluvial e aéreo; tudo mediante um planejamento conjunto detalhado, composto de reuniões, videoconferências e outras coordenações necessárias.
O modal rodoviário é executado com os próprios meios de transporte do 12º B Sup, o fluvial é conduzido por meio do Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA) e o aéreo é realizado pela Força Aérea Brasileira, especialmente para levar o suprimento das sedes das guarnições para os seus Pelotões Especiais de Fronteira (PEF). Esses Pelotões ficam localizados em regiões inóspitas, na fronteira brasileira, e, em grande parte, não possuem acesso por estradas nem por rios, dependendo exclusivamente do apoio aéreo para sua subsistência.
Dessa forma, os mais de 20.000 homens e mulheres, independente em qual área da Amazônia Ocidental estejam atuando, receberão o devido suporte em termos de suprimento para, com isso, poder melhor desempenhar sua função, especialmente, na defesa da fronteira brasileira e manutenção da soberania nacional.
 
 

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