Implacável, lava do vulcão Kilauea avança sobre casas e carros

Embora a erupção do vulcão Kilauea tenha cessado na terça-feira, a carga de lava continua em movimento. Além disso, os gases ainda emanam de enormes fissuras que chegam a mais de 4 km.

Avanço da lava do vulcão Kilauea atinge casas e carros no Havaí, após erupção de 3 de maio de 2018. Assista ao vídeo da erupção do Kilauea Vulcão Kilauea
O Kilauea é considerado o maior vulcão ativo do mundo. Se ergue 1247 metros acima do nível do mar e fica localizado no Parque Nacional de Vulcões, no Havaí.
De acordo com o USGS, Serviço Geológico dos EUA, a pausa da erupção é temporária e tudo indica que novas fontes de lava devem surgir das fissuras.
A montanha entrou em atividade na última quinta-feira, 3 de maio, após um aumento significativo de tremores harmônicos esporádicos, seguido de emissões de vapor e lava acima do nível considerado comum para o Kilauea.
Tremores harmônicos são assinaturas típicas observadas nos registros sismográficos e indicam que o magna está fluindo dentro das cavidades da montanha, o que pode significar uma possível erupção.

Medições feitas na terça-feira indicam que a montanha continua a se inclinar, mas o nível do lago de lava baixou, já que não há fluxo ativo sendo liberado, lembrando que Lava é o nome dado ao magma subterrâneo após o mesmo ter sido expelido. Consiste em material geológico em fusão, com temperatura variando entre 600 °C e 1250 °C.
As réplicas (aftershocks) do terremoto de magnitude 6,9 registrado na sexta-feira continuam e segundo o USGS são esperados mais tremores. Foram observadas quedas de rochas dentro da cratera Halema Umau e emissões intermitentes de cinzas. De acordo com o órgão, a sismicidade no cume do Kī,lauea permanece elevada.
Informações divulgadas pelo centro de vulcanologia do Havaí afirmam que desde a primeira erupção foram registradas 12 novas fissuras nos flancos e paredes internas. A Defesa Civil local informa que pelo menos 35 casas foram destruídas pelo avanço da lava. Mais de 10 mil pessoas foram evacuadas.

Em dezembro de 2005, uma gigantesca parede rochosa se rompeu, criando um abismo de 18 metros à beira do oceano Pacífico.

Em seu topo existe uma grande caldeira em forma de cúpula medindo 4 km x 3,2 km, com paredões que chegam a 120 metros de altura.