Rebeldes Houthi do Iêmen se responsabilizaram pela explosão, dizendo que dispararam um armamento de longo alcance
RIAD - A Arábia Saudita interceptou e destruiu um míssil balístico, neste sábado, 4, ao nordeste de sua capital, Riad - anunciou a emissora de televisão pública El-Akhbariya.
"O míssil (...) não deixou feridos, nem provocou danos", informou a rede estatal.
Rebeldes Houthi do Iêmen se responsabilizaram pela explosão, dizendo que dispararam um míssil balístico de longo alcance, que viajou mais de 500 quilômetros na fronteira com a Arábia Saudita.
Em mensagem transmitida pela TV Al-Arabiya, o Ministério da Defesa da Arábia Saudita disse que o míssil foi interceptado a nordeste de Riad. Já o Ministério da Defesa do Iêmen disse que o ataque "abalou a capital saudita" e que a operação foi bem sucedida.
Míssil Burkan H2, derivado dfo soviético Scud. Alcance estimado 800km
Um porta-voz dos rebeldes disse à Al Jazeera que eles lançaram um míssil Burkan 2-H em direção a Riad. De acordo com o grupo, o Burkan 2-H é um míssil de tipo scud (balístico móvel) com uma faixa de mais de 800 km.
Al Masirah, uma rede de TV administrada pelos rebeldes Houthi, também se responsabilizou pelo ataque em sua conta de mídia social.
O míssil foi interceptado a nordeste de Riad, perto do Aeroporto Internacional King Khaled, e seus restos caíram em uma área desértica, de acordo com a televisão oficial saudita. Além de uma forte explosão, muita fumaça foi vista no local.
Em Riad, houve uma explosão forte seguida de um terremoto, de acordo com a agência Efe. Segundo a televisão oficial, não houve danos materiais e nem humanos e o míssil não provocou interferência no aeroporto.
A agência iemenita SABA, controlada pelos rebeldes, disse que o míssil estava visando o aeroporto internacional. O projétil foi lançado em um foguetão russo modificado por os rebeldes iemenitas, de acordo com a agência.
Os Houthis, que seguem o ramo xiita do Islã e têm sido apoiados pelo Irã, frequentemente disparam projéteis contra áreas da Arábia Saudita perto da fronteira.
A Arábia Saudita lidera a coalizão dos países sunitas árabes, que intervém no conflito do Iêmen, desde março de 2015 e apoia o presidente iemenita Abdo Rabbo Mansour Hadi, inimigo dos insurgentes. Os rebeldes derrubaram em 2015 o governo internacionalmente reconhecido do país.
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