Rússia acusa EUA de "provocações letais" contra soldados russos na Síria



O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou os Estados Unidos e seus aliados, nesta quarta-feira, de orquestrarem “provocações letais” contra soldados russos na Síria.

Moscou se queixou do que diz serem laços supostamente amigáveis entre milícias apoiadas pelos EUA, forças especiais norte-americanas e o Estado Islâmico na Síria, e acusou Washington de tentar frear o avanço do Exército sírio.

“Existem muitas perguntas às forças lideradas pelos EUA na Síria”, disse Lavrov ao jornal pan-árabe Asharq al-Awsat em uma entrevista publicada nesta quarta-feira. “Ou eles bombardeiam acidentalmente tropas sírias contra as quais militantes do Estado Islâmico lançam uma ofensiva, ou levam outros terroristas a atacarem alvos estrategicamente importantes... Ou realizam provocações letais contra nossos efetivos militares”.

Na semana passada o vice de Lavrov, Sergei Ryabkov, disse que a “política de duas caras” dos EUA é a culpada pela morte do general russo Valery Asapov na Síria, algo que Washington negou enfaticamente.

Asapov foi morto por um bombardeio do Estado Islâmico. Lavrov também disse nesta quarta-feira que os EUA e a coalizão que lidera são “visitantes indesejados” na Síria do ponto de vista da lei internacional e acusou Washington de “dividir terroristas em maus e não tão maus”.

Putin diz não ter decidido se irá concorrer à Presidência da Rússia em 2018

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira, que ainda não decidiu se irá se candidatar à reeleição em março de 2018, embora acredite-se amplamente que ele concorrerá. “Não só eu ainda não decidi contra quem eu concorrerei, eu não decidi nem se vou concorrer”, disse Putin, quando perguntado com quem iria disputar a eleição.

Falando em um fórum de energia em Moscou, Putin disse que candidatos à Presidência precisarão anunciar sua decisão de concorrer no final de novembro ou início de dezembro. Se Putin decidir concorrer, espera-se que ele seja eleito com uma vitória esmagadora no primeiro turno da votação, uma vez que não enfrentará nenhum forte adversário.

Um tribunal russo, na segunda-feira, condenou à prisão o líder de oposição Alexei Navalny pela terceira vez neste ano, impedindo os planos do crítico de longa data do Kremlin de fazer campanha antes da futura eleição. Sua pena atual de 20 dias, fará com que Navalny perca um evento de campanha planejado na cidade natal de Putin, São Petersburgo, no dia 7 de outubro --o aniversário do presidente russo.

De qualquer maneira, pesquisas de opinião indicam que Navalny perderia a eleição para Putin.

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