Espanha pressiona UE a adotar medidas restritivas contra a Venezuela



A Espanha está pressionando a União Europeia a adotar medidas restritivas contra membros do governo da Venezuela como maneira de incentivar a volta da ordem constitucional no país em crise, disse o Ministério das Relações Exteriores espanhol nesta terça-feira.
Julio Borges, líder do Congresso venezuelano dominado pelos opositores, visitou a Espanha nesta terça-feira para se encontrar com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, parte de uma turnê europeia em busca de apoio contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
O governo de Maduro vem sendo criticado pela Organização das Nações Unidas (ONU), por Washington e outros governos por ignorar o Congresso, prender centenas de opositores e não permitir a entrada de ajuda humanitária para amenizar uma crise econômica grave.
“Contra o agravamento progressivo da situação da Venezuela, o governo espanhol está exortando... a adoção de medidas restritivas, individuais e seletivas que não prejudiquem a população venezuelana”, disse a chancelaria em um comunicado.
Madri está trabalhando com seus parceiros na UE nestas medidas e mantendo contato constante com outros países latino-americanos, acrescentou.
Um porta-voz do ministério não disse quais serão as medidas.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, criticou o encontro de líderes opositores com Rajoy, dizendo que não são patriotas por apoiarem sanções que, segundo ele, prejudicarão a economia de sua nação.
“@marianorajoy agride a dignidade venezuelana, representando o pior passado colonial, derrotado e expulso por nossos libertadores”, tuitou Arreaza nesta terça-feira.
 

Venezuela prende principal executivo de petróleo e outros 8 funcionários da PDVSA, dizem fontes

A Venezuela prendeu o chefe da petroleira estatal para a região ocidental e outros oito executivos da PDVSA, de acordo com um memorando interno da companhia e seis fontes da indústria petroleira do país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Não ficou imediatamente claro o motivo pelo qual Gustavo Malave e outros funcionários foram presos, embora uma série de investigações de corrupção estejam sendo realizadas na PDVSA e tenham envolvido outros funcionários.
As fontes disseram que Malave foi preso na segunda-feira no Estado de Zulia, tradicional região venezuelana de produção de petróleo próxima à Colômbia, no que seria uma das detenções de maior escalão de um executivo da PDVSA.
A PDVSA, a procuradoria e Malave não responderam imediatamente a pedidos de comentários.
Separadamente, o novo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, anunciou na quinta-feira estar investigando “espetaculares” superfaturamentos em uma dúzia de contratos na faixa petrolífera de Orinoco, do outro lado do país.
A reputação da PDVSA --sigla para Petróleos de Venezuela SA-- tem sido devastada nos anos recentes por acusações de corrupção envolvendo funcionários de alto escalão.
A companhia culpou um pequeno grupo de funcionários e executivos pelos problemas e prometeu uma guerra contra a corrupção.
No ano passado, o Congresso liderado pela oposição informou que 11 bilhões de dólares foram perdidos na PDVSA entre 2004 e 2014, quando Rafael Ramirez estava no comando da companhia. Ele negou as acusações.
 

Maduro não comparecerá a fórum de direitos humanos da ONU

O governante da Venezuela, Nicolás Maduro, não discursará no Conselho de Direitos Humanos da ONU na próxima semana, ao contrário do que havia sido anunciado, informaram a Organização das Nações Unidas e a missão diplomática venezuelana nesta terça-feira.
Maduro, acusado de violar a democracia e os direitos humanos na Venezuela, falaria no primeiro dia de uma sessão de três semanas do Conselho de Direitos Humanos da ONU em 11 de setembro.
“O presidente não virá”, disse à Reuters um diplomata venezuelano, em Genebra, nesta terça-feira.
Rolando Gomez, porta-voz do Conselho, disse em comunicado: “Por favor observem que, segundo informação que o secretariado do CDH acabou de receber, o presidente Maduro da Venezuela não discursará no Conselho de Direitos Humanos”.
“Em vez disso, o ministro (de Relações Exteriores) (Jorge) Arreaza Montserrat está agendado para discursar no Conselho no dia de abertura da sessão”.

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