Sem chuva e sem inspeção veicular, névoa química domina São Paulo



Sem chuvas significativas há 41 dias, sem circulação de ventos e com a qualidade do ar agravada devido à suspensão da inspeção veicular, uma espessa camada de poluição está se formando no horizonte paulistano todas as manhãs.

Poluicao em Sao Paulo

A foto, feita na manhã de 27 de julho de 2017, mostra a espessa camada de poluição que domina a cidade de São Paulo durante as manhãs de julho. Toda a cidade está mergulhada no interior da manta de poluentes e o cenário só não é pior pela presença majestosa do planeta Vênus.
Essa névoa, composta por inúmeros poluentes que compõe o ar das grandes cidades é facilmente observada em fotografias de longa distância e por moradores de edifícios mais altos.
Névoa Fotoquímica
Conhecida como “smog fotoquímico”, essa névoa é formada da mistura de poluentes secundários criados pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e alguns compostos orgânicos voláteis, que são liberados durante a queima incompleta e na evaporação de combustíveis e solventes.
Devido à fraca circulação dos ventos e baixa umidade observada recentemente e fortemente agravada pela falta da inspeção veicular obrigatória, suspensa em janeiro de 2014, o material poluente não se dissipa e cria uma espécie de névoa seca facilmente observável à longa distância.
Esse material químico reage na presença dos raios ultravioleta do Sol produzindo o ozônio, um dos poluentes que mais contribuem para os baixos índices de qualidade do ar nos grandes centros urbanos, produzida em sua maior parte pela maior circulação de automóveis poluentes.
Estudos realizados em 2006 evidenciaram que a utilização do álcool na matriz energética do país também influenciou a relação dos compostos orgânicos injetados na atmosfera, colaborando um pouco mais com o problema.

Imersos na poluição
O ar de São Paulo está praticamente irrespirável e apesar das imagens mostrarem a camada de poluição no horizonte, ela não está distante. Toda a cidade está imersa dentro dessa névoa química, que apenas parece amplificada no horizonte devido à ilusão de ótica causada pela densidade do ar poluído.

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