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O ex-diretor do FBI James Comey pretendia expandir a investigação da agência sobre a suposta interferência da Rússia na eleição de 2016 antes de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demiti-lo na terça-feira, disse uma fonte parlamentar nesta quarta-feira.
Enfrentando críticas de membros do Congresso, o governo Trump negou que a demissão tenha relação com o inquérito da Polícia Federal norte-americana sobre um possível conluio entre sua campanha presidencial de 2016 e a Rússia para influenciar o resultado da eleição.
O presidente norte-americano, que se encontrou com o ministro das Relações Exteriores russo na Casa Branca nesta quarta-feira, defendeu sua decisão de demitir Comey repentinamente do cargo que ocupava desde 2013.
A demissão surpreendeu Washington e envolveu o presidente ainda mais em polêmicas. Democratas intensificaram as acusações de que a remoção de Comey teve como objetivo minar a apuração do FBI e exigiram uma investigação independente. Alguns correligionários de Trump classificaram a ação como perturbadora.
Segundo uma fonte familiarizada com o assunto, Comey disse a parlamentares nos últimos dias que pediu mais recursos ao Departamento de Justiça para o inquérito sobre a Rússia. Comey informou os parlamentares do pedido depois que um comitê de inteligência do Senado pediu ao FBI que acelerasse a investigação, disse a fonte.
Dianne Feinstein, democrata mais graduada do Comitê Judiciário do Senado, disse a repórteres que entendeu que Comey buscava mais recursos para a investigação do FBI.
"Sabemos que intimações estão sendo solicitadas no Distrito Leste da Virgínia, e que esta investigação está em andamento", afirmou ela aos jornalistas.
Ela contou ter se encontrado com o ex-diretor no dia 15 de março juntamente com o senador republicano Chuck Grassley. Na ocasião Comey disse se tratar de "uma grande investigação criminal e de contrainteligência", segundo Feinstein.
Respondendo a reportagens da mídia segundo as quais na semana passada Comey pediu ao vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, um aumento significativo nos recursos para a apuração da agência, o porta-voz do Departamento de Justiça, Ian Prior, disse em um email: "Totalmente falso".

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