O Reino Unido mantinha nesta segunda-feira seu bloqueio ao lançamento do quartel general militar da União Europeia por questões de linguagem, num momento em que Londres se prepara para negociar o complexo divórcio com seus sócios europeus.
"Compreendemos a importância vital de nossos amigos, os países europeus, de trabalhar juntos para reforçar nossa defesa", afirmou o chanceler britânico, Boris Johnson, que indicou que seu governo busca "apenas trabalhar na linguagem para garantir que é adequado".
Os 28 aprovaram no fim de março a criação de uma estrutura para coordenar as missões de formação e treinamento de tropas locais que a UE realiza atualmente em Mali, Somália e República Centro-Africana, mas que Londres se opõe a chamar de "quartel general operacional".
O Reino Unido, que sempre se opôs a avançar a uma Europa da defesa, deseja que a cooperação em matéria militar passe pela Otan, organização à qual pertencem 22 dos 28 países do bloco junto a Canadá, Estados Unidos ou Turquia, entre outros.
Embora os demais países europeus tenham aceitado deixar de lado a controversa denominação, o bloqueio britânico prosseguia nesta segunda-feira, quando os chanceleres da UE reunidos em Bruxelas planejavam autorizar o lançamento desta estrutura.
Os ministros das Relações Exteriores podem, por sua vez, afirmar simplesmente que "esperam o estabelecimento efetivo, no curto prazo, de uma capacidade militar de planejamento e execução no seio do Estado-Maior militar da UE em Bruxelas".
"Este centro de comando chegará, a pergunta é quando", lamentou na manhã desta segunda-feira o secretário de Estado alemão das Relações Exteriores, Michael Roth, ao chegar à reunião.
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