Líderes da UE celebram "vitória da Europa"
Eleito o mais jovem presidente da República francesa, Macron é considerado um europeu convicto. Para ele, não há alternativa para a França, senão apoiar o mercado comunitário. Veja os principais planos para o país.
União Europeia
Macron se diz - e é amplamente considerado - pró-europeu. Ele defende um fortalecimento da UE e ressalta que o futuro dos países europeus está somente na comunhão de interesses. A França, afirma, só irá adiante com ajuda dos vizinhos.
Euro
Para Macron, a permanência da França na moeda comum europeia é uma obviedade. Mas ele defende mudanças: um orçamento próprio para a zona do euro, inclusive ministro das Finanças e controles parlamentares. Isso inclui também mudança nas regras fiscais – ou seja, quanto de dívida um país pode fazer. Os detalhes não são claros. Essa reestruturação só seria viável com uma alteração dos tratados da UE.
Segurança
O presidente eleito quer aumentar o número de policiais, que havia sido cortado sob o governo Sarkozy. No mais, ele aposta nos meios disponíveis e na cooperação europeia para o combate ao terrorismo.
Imigração
Macron considera o acolhimento dos requerentes de refúgio e estudantes estrangeiros como "oportunidade e motivo de orgulho." Ele defende a proteção das fronteiras externas da UE, a fim de limitar o influxo de imigrantes e, de resto, respeita as decisões dos acordos europeus.
Comércio
Macron defende uma ordem econômica liberal. Ele quer reformar o país e torná-lo mais competitivo. Isso inclui promover a criação de empresas e reduzir os encargos financeiros. O ex-ministro francês da Economia é amigo do livre-comércio e aposta em tecnologias de ponta. Ao mesmo tempo, ele pretende reduzir o número de funcionários públicos, diminuir a burocracia e enxugar o aparato estatal no país.
Mercado de trabalho
Macron defende uma maior flexibilidade para o rígido mercado de trabalho e almeja reduzir custos sociais, principalmente no seguro-desemprego. Isso inclui cortes no direito à assistência. A princípio, ele planeja uma idade de aposentadoria de 62 anos, com um posterior aumento desse limite de idade.
Putin e OTAN
Macron defende as sanções e o distanciamento político existente entre a Europa e a Rússia. Espera-se que ele aposte amplamente na continuidade da política externa e de segurança da França, em ampla cooperação com a Alemanha e a Aliança Atlântica.
Líderes da UE celebram "vitória da Europa"
Com um programa abertamente pró-europeu, Macron venceu como o candidato favorito das lideranças do bloco. Em Bruxelas e outras capitais, não se esconde a sensação de alívio por Le Pen ter sido contida.
Bruxelas e as principais lideranças europeias parabenizaram o presidente eleito da França, Emmanuel Macron, após a vitória no segundo turno das eleições francesas. Neste domingo (07/05), o centrista obteve mais de 66% dos votos, derrOTANdo, para o alívio de muitos, a populista de direita e eurocética Marine Le Pen.
Com um programa abertamente pró-europeu, Macron venceu como o candidato favorito das lideranças da UE. Sua vitória trouxe claramente alívio para o bloco, que ainda tenta se adaptar à saída do Reino Unido e viu nos últimos anos populistas capitalizarem a desconfiança com o atual modelo de mercado comum.
O porta-voz da chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, foi um dos primeiros a celebrar a vitória. Segundo ele, a chefe de governo ligou ainda no domingo para o presidente eleito, saudando seu comprometimento com uma "Europa aberta e unida". A chanceler, segundo a mensagem, aguarda com expectativa a oportunidade de colaborar com o novo presidente francês "dentro da tradicional amizade franco-alemã".
Segundo ressaltou o governo alemão nesta segunda-feira, Berlim não poupará nenhum esforço para ajudar a França a implementar as reformas necessárias e fortalecer seu papel dentro da União Europeia. Para Macron, a permanência da França na moeda comum europeia é indiscutível.
Mas ele defende mudanças que podem causar desconforto em Berlim e Bruxelas: um orçamento próprio para a zona do euro, inclusive ministro das Finanças e controles parlamentares. Isso inclui também mudança nas regras fiscais – ou seja, quanto de dívida um país pode fazer.
Os detalhes não são claros. Essa reestruturação só seria viável com uma alteração dos tratados da UE. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, através do Twitter afirmou estar "feliz que a França tenha optado por um futuro europeu". Donald Tusk, líder do Conselho Europeu, afirmou que os franceses se mantiveram fiéis aos ideais de "igualdade, liberdade e fraternidade" e "disseram não à tirania das notícias falsas".
Bruxelas e as principais lideranças europeias parabenizaram o presidente eleito da França, Emmanuel Macron, após a vitória no segundo turno das eleições francesas. Neste domingo (07/05), o centrista obteve mais de 66% dos votos, derrOTANdo, para o alívio de muitos, a populista de direita e eurocética Marine Le Pen.
Com um programa abertamente pró-europeu, Macron venceu como o candidato favorito das lideranças da UE. Sua vitória trouxe claramente alívio para o bloco, que ainda tenta se adaptar à saída do Reino Unido e viu nos últimos anos populistas capitalizarem a desconfiança com o atual modelo de mercado comum.
O porta-voz da chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, foi um dos primeiros a celebrar a vitória. Segundo ele, a chefe de governo ligou ainda no domingo para o presidente eleito, saudando seu comprometimento com uma "Europa aberta e unida". A chanceler, segundo a mensagem, aguarda com expectativa a oportunidade de colaborar com o novo presidente francês "dentro da tradicional amizade franco-alemã".
Segundo ressaltou o governo alemão nesta segunda-feira, Berlim não poupará nenhum esforço para ajudar a França a implementar as reformas necessárias e fortalecer seu papel dentro da União Europeia. Para Macron, a permanência da França na moeda comum europeia é indiscutível.
Mas ele defende mudanças que podem causar desconforto em Berlim e Bruxelas: um orçamento próprio para a zona do euro, inclusive ministro das Finanças e controles parlamentares. Isso inclui também mudança nas regras fiscais – ou seja, quanto de dívida um país pode fazer.
Os detalhes não são claros. Essa reestruturação só seria viável com uma alteração dos tratados da UE. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, através do Twitter afirmou estar "feliz que a França tenha optado por um futuro europeu". Donald Tusk, líder do Conselho Europeu, afirmou que os franceses se mantiveram fiéis aos ideais de "igualdade, liberdade e fraternidade" e "disseram não à tirania das notícias falsas".
O presidente da Itália, Paolo Gentiloni, deu vivas à Macron, afirmando que com sua vitória "ascende uma esperança pela Europa".
Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia, dusse que a vitória de Macron foi "uma inspiração para França e para a Europa", dizendo estar certo de que vai trabalhar em conjunto com o novo presidente francês.
O presidente polonês, Andrzej Duda, cujo governo foi alvo de fortes críticas de Macron, disse que "Polônia e França estão unidos por laços de séculos de cooperação e amizade".
"Estou convencido de que, a partir de agora, poderemos continuar essa tradição", completou. Durante a campanha, Macron acusou o governo conservador de Varsóvia de apoiar Le Pen.
May: "Um dos maiores aliados"
O gabinete da premiê britânica, Theresa May, disse que a primeira-ministra parabeniza o presidente eleito Macron pelo seu êxito nas eleições. "A França é um dos nossos principais aliados e estamos ansiosos para trabalhar com o novo presidente em uma ampla variedade de prioridades comuns", afirmou.
O presidente russo, Vladimir Putin, enviou um telegrama Macron afirmando que a Rússia está pronta para trabalhar construtivamente com o novo governo francês em temas bilaterais e globais.
"O aumento das ameaças do terrorismo e do extremismo está acompanhado de um agravamento nos conflitos locais e a desestabilização de regiões inteiras", afirmava o texto da mensagem. "Nessas condições, é especialmente importante superar desconfianças mútuas e unir esforços para assegurar a estabilidade e a segurança internacional", disse Putin.
"Parabéns a Emmanuel Macron por sua grande vitória como o próximo presidente da França. Estou muito ansioso para trabalhar com ele", afirmou através do Twitter o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O presidente da China, Xi Jinping, disse que seu país está "pronto para levar a parceria estratégica sino-francesa a um nível mais alto". Os dois países, segundo afirmou, compartilham a "responsabilidade em relação à paz e ao desenvolvimento no mundo".
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