Número de fuzis apreendidos aumenta 24% no estado de SP


Foram 183 fuzis apreendidos em 2016 contra 147 em 2015, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública obtidos pela GloboNews.

O número de fuzis apreendidos pela polícia no estado de São Paulo foi 24% maior em 2016 em relação a 2015, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública obtidos pela GloboNews com base na Lei de Acesso à Informação.

Foram 183 fuzis apreendidos no ano passado, número maior que as 147 apreensões de 2015. Os dados mostram como a circulação de armas está crescendo. As quadrilhas utilizam fuzis e armas pesadas para assalto de transportadoras de valores.

Nesta terça-feira (2), bandidos invadiram uma empresa de segurança na Zona Norte de São Paulo e levaram 50 armas e muita munição. No ano passado, os bandidos usaram fuzis para assaltar uma empresa de valores em Campinas e outra em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, em Santo André, no ABC paulista, em Santos, no litoral.

A SSP informa que "o aumento das apreensões de fuzis decorre do trabalho integrado das policiais, seja por meio de investigação, do policiamento inteligente ou da deflagração de operações, inclusive nas rodovias estaduais.

Ações que possibilitam, além da apreensão do armamento, a prisão de diversos membros de quadrilhas especializadas, sejam elas voltadas ao tráfico de drogas ou crimes patrimoniais, como roubo a transportadora ou explosão de caixas eletrônicos." "Podemos destacar, como exemplo, a ação de policiais civis do 62º DP no dia 12 de abril, que após investigações apreenderam 11 fuzis, uma metralhadora .50 e prenderam em flagrante um suspeito que estava no local."



Segundo o jurista Walter Maieróvitch falta controle para a circulação dessas armas. "A indústria bélica não tem controle sobre a circulação das armas. A criminalidade organizada precisa mostrar força, poder para controlar territórios e para ter condições de dominar a sociedade.

Ela domina a sociedade mostrando a sua força. A polícia só consegue a apreensão de 10% do que está dentro do mercado de comercialização. Tem que pensar na quantidade da oferta de armas e munições que é enorme."

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