A eleição do novo presidente da França, o centrista Emmanuel Macron, deve ter impactos positivos nas relações econômicas e comerciais entre Brasil e França e, mais amplamente, entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O Brasil se beneficiaria do fortaleci
“A visão de Macron é de negociação,
integração e conciliação de interesses. Ele e as pessoas em volta dele
com quem eu conversei querem aperfeiçoar uma negociação do tipo
"ganha-ganha".
Vejo muito mais espaço para o Brasil em uma relação bilateral, mas mais especificamente entre a União Europeia e o Mercosul, já que Macron que fortalecer a UE, com possibilidades de aumentar as exportações brasileiras”, explica o economista francês Yann Duzert, professor de negociação e resolução de conflitos da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
Vejo muito mais espaço para o Brasil em uma relação bilateral, mas mais especificamente entre a União Europeia e o Mercosul, já que Macron que fortalecer a UE, com possibilidades de aumentar as exportações brasileiras”, explica o economista francês Yann Duzert, professor de negociação e resolução de conflitos da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
Para ele, outro dado interessante é que
“o fortalecimento do euro significa um dólar mais baixo, o que levaria a
uma diminuição da dívida pública brasileira”.
“Isso daria um novo impulso ao
crescimento do país. E isso é provável que aconteça, pois Macron tem uma
política de fortalecimento do bloco europeu, contrariamente à ideia de
"protecionismo patriota" da candidata derrotada Marine Le Pen.
Então vejo dois laços interessantes de se explorar. Uma nova forma de negociação a "newgociation", também chamada de "neogociação", que vai buscar benefícios mútuos, pensamento duradouro, e não o "pegar ou largar" ou "ameaça e recompensa", que são um velho jeito de negociar, praticados por Vladimir Putin (presidente da Rússia) e Donald Trump (presidente dos EUA)”, opina.
Então vejo dois laços interessantes de se explorar. Uma nova forma de negociação a "newgociation", também chamada de "neogociação", que vai buscar benefícios mútuos, pensamento duradouro, e não o "pegar ou largar" ou "ameaça e recompensa", que são um velho jeito de negociar, praticados por Vladimir Putin (presidente da Rússia) e Donald Trump (presidente dos EUA)”, opina.
O Brasil é o principal mercado para
a França na América Latina, absorvendo 2/3 das exportações francesas no
continente. Para Duzert, que passa seis meses por ano em Paris
lecionando na universidade Paris-Dauphine, essa posição do Brasil deve
ser fortalecida no governo Macron.
“Há especialmente empresas de energias
renováveis, como a Vassy, que vêm cada vez mais investir no Brasil, além
de empresas de construção. No meio da Lava Jato, vai haver uma
competição internacional, com nova governança. As próprias empresas
brasileiras vão se beneficiar dessa competição internacional.”
Mercado atraente
Segundo ele, a França vai continuar a
investir nas cidades brasileiras. "As PPP (parcerias público-privadas)
tem R$ 500 bilhões que devem investidos em 2 anos. O acesso ao mercado
público vai ser aberto para as empresas europeias, então o mercado
brasileiro vai continuar a ser muito interessante para as empresas
francesas.
A nova governança e as exigências de transparência formam parte de uma nova cultura e de uma transformação que está acontecendo no Brasil, que o tornam mais atraente para a França."
A nova governança e as exigências de transparência formam parte de uma nova cultura e de uma transformação que está acontecendo no Brasil, que o tornam mais atraente para a França."
Para Pedro Frizo, economista do Centro de
Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais, a política
pro-europeia de Macron pode beneficiar o Brasil “A consolidação da UE
proposta pelo novo presidente francês, principalmente depois da crise do
Brexit, pode beneficiar o Brasil, já que o bloco é um dos principais
mercados dos bens brasileiros. Macron defende um Parlamento e um
orçamento único para a zona do euro", explica.
O comércio mundial supõe uma série
de vantagens para a economia francesa, ao beneficiar setores como o
luxo, a química, a aeronáutica, a agroalimentar. Segundo o
ministério da Economia francês, o país conta atualmente com 124 mil
empresas exportadoras, entre elas vários pesos-pesados, como L"Oréal,
Danone e Safran.
Comentários
Postar um comentário