Uruguai lançou o "Gavilán II" para aumentar a segurança na fronteira durante os Jogos Olímpicos Rio 2016
As Forças Armadas do Uruguai criaram um plano de reforço da fronteira com o Brasil para prevenir qualquer tipo de incidente durante a realização dos Jogos Olímpicos sediados no Río de Janeiro.
Como parte de sua estratégia de
segurança, o Uruguai aumentou a vigilância em toda a fronteira com o
Brasil devido à realização dos Jogos Olímpicos de 2016 na cidade do Río
de Janeiro.
As Forças Armadas do Uruguai criaram um
plano de reforço da fronteira para prevenir qualquer tipo de incidente
durante essa celebração mundial que atraiu milhares de pessoas de todas
as partes do mundo.
De acordo com o Tenente-Coronel Carlos
Frachelle, diretor do Departamento de Relações Públicas do Exército do
Uruguai, cerca de 700 soldados do Exército Nacional e da Polícia
Nacional foram posicionados na fronteira seca entre ambos os países.
Esses soldados contam com cinco radares terrestres móveis para
incrementar os controles nas áreas limítrofes.
"O grupo especial de segurança,
denominado Gavilán II, começou no dia 28 de julho, e se estenderá até o
encerramento do evento desportivo [21 de agosto]", indicou o Comissário
Geral (r) Mario Layera, diretor da Polícia Nacional do Uruguai.
A fronteira uruguaio-brasileira é uma
região habitada e de fácil circulação em todas as direções por uma
extensão de 1.068 quilômetros.
Outros objetivos similares foram
estabelecidos frente a outros eventos de grande magnitude como a Copa
das Confederações de Futebol de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, ambas
realizadas também no Brasil.
Esforços militares
Esforços militares
O principal objetivo é desestimular o
contrabando de mercadorias e a migrção ilegal, além de lutar contro o
narcotráfico e impedir ações terroristas. As medidas preventivas incluem
dissuadir atividades ilícitas e canalizar todo o movimento de pessoas e
mercadorias através dos controles que as autoridades habituais realizam
nos postos de fronteira. Uma maior presença de pessoal de segurança
poderá dar apoio a órgãos binacionais de fechamento de fronteiras em
caso de algum incidente de segurança que assim o exigir.
A maior concentração do Exército está em pontos fixos em Chuy-San Miguel, Aceguá, Río Branco, Rivera e Artigas.
"Estamos realizando patrulhas móveis
(motorizadas e a pé), complementadas com os radares já mencionados.
Fixaram-se também bases de comunicações em pontos estratégicos",
destacou o Ten Cel Frachelle.
"Anualmente percorremos 23.000
quilômetros em patrulhamento e empregamos também sistemas de vigilância
terrestre adquiridos recentemente, como radares que permitem medir
distância e velocidades de deslocamento e detectar veículos a 40
quilômetros e pessoas a pé a 12 quilômetros", informou o Ten Cel
Frachelle.
Desde 2012, entre 80 e 100 soldados
militares controlam permanentemente a fronteira com o Brasil, disse ele.
"Se for detectada alguma irregularidade, comunica-se ao ministério do
Interior e ao da Defesa para que intervenham", acrescentou.
Embora os meios com os quais a Marinha
Nacional do Uruguai conta atualmente sejam escassos para controlar os
vastos limites marítimos com o Brasil, as tarefas de vigilância da
Prefeitura Nacional Naval foram ampliadas nas costas oceânicas, rios e
lagos também como a vigilância de águas azuis por parte da Marinha.
Conforme um comunicado oficial do
Exército Nacional do Uruguai, prevê-se "redobrar a vigilância a partir
das prefeituras com pessoal e meios da Unidade de Apoio, Corpo de
Fuzileiros Navais e Aeronaves da Aviação Naval, já que possui jurisdição
sobre 70 por cento da superfície limítrofe do país".
"A Marinha destinará aproximadamente 120
homens da Prefeitura Nacional Naval para patrulhar os rios, lagos,
lagunas e costas oceânicas próximas à fronteira", acrescentou o Ten Cel
Frachelle.
Em termos de cobertura aérea, a Força
Aérea se mantém alerta com seus radares e patrulhas aéreas para
colaborar com as forças posicionadas no terreno.
Por sua vez, a Polícia Nacional vem
empregando um grupo de vigilância e controle nas rodovias nacionais com
pessoal da Guarda Republicana como apoio.
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