Coreia do Sul e Estados Unidos fizeram um
acordo de informação para realizar um acompanhamento mais exaustivo do
programa de submarinos norte-coreano, depois que Pyongyang disparou com
sucesso esta semana um míssil balístico de um de seus submersíveis.
Os dois aliados já estão estudando
mecanismos para analisar e compartilhar dados sobre o entorno do
submarino em águas da península coreana, explicou hoje uma fonte do
Ministério da Defesa à agência "Yonhap".
As águas em território sul-coreano
estariam incluídas em tal marco, que vai analisar com especial ênfase
tudo o que acontece nas proximidades de Sinpo, na província
norte-coreana de Hamyong do Sul, onde o regime de Kim Jong-un tem sua
maior base de submarinos e desenvolve seu programa de mísseis SLBM.
"Os dados compreendem, por exemplo, as
características topográficas, a temperatura de água, a profundidade e as
correntes. Uma análise detalhada de todos estes dados ajudará a
detectar as atividades submarinas do regime de Kim Jong-un", explicou o
porta-voz de Defesa.
O interesse de Seul e Washington em torno
do programa de submersíveis norte-coreano cresceu nos últimos meses, ao
compasso dos diversos testes de mísseis balísticos a partir de
submarinos que Pyongyang vem realizando desde dezembro do ano passado.
Coreia do Norte rejeita condenação da ONU de seu último lançamento
A Coreia do Norte rejeitou neste domingo a
declaração emitida na sexta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU
condenando de maneira unânime seu lançamento de um míssil balístico a
partir de um submarino realizado esta semana.
Pyongyang acusou os Estados Unidos e
"seus seguidores" de ameaçar "a dignidade e a existência da República
Popular Democrática de Coreia (RPDC, nome oficial do país)" em
comunicado divulgado pela agência estatal de notícias "KCNA" e assinado
por um representante do Ministério das Relações Exteriores
norte-coreano.
"Os EUA e seus seguidores realizaram um
ato hostil grave ao condenar a RPDC por medidas para fortalecer sua
capacidade de dissuasão nuclear para autodefesa, tais como o lançamento
de teste de um míssil balístico estratégico a partir de um submarino",
diz o texto.
"Washington ameaçou a dignidade e a
existência da RPDC e desafiado seus sérias advertências, por isso que o
país seguirá dando os passos necessários como potência militar",
acrescenta.
Os avanços em tecnologia de mísseis por
parte da Coreia do Norte geram um forte alarme, já que seu pleno
desenvolvimento tornaria muito mais difícil detectar seus lançamentos e
ampliaria o alcance do arsenal de mísseis do Exército Popular
norte-coreano, dada a natureza móvel dos submarinos.
Coreia do Norte ameaça 'reduzir a cinzas' forças dos EUA¹
A Coreia do Norte ameaçou neste domingo
"reduzir a cinzas" as forças americanas, em resposta às críticas do
Conselho de Segurança da ONU a seus programas balísticos.
O Conselho de Segurança condenou com
firmeza, na última sexta-feira, a Coreia do Norte, por seus testes de
lançamento de mísseis, e decidiu "tomar medidas significativas", dias
depois do lançamento de um projétil SLBM por um submarino norte-coreano.
A Coreia do Norte é proibida por
resoluções da ONU de usar qualquer tecnologia de mísseis balísticos, mas
o país realizou vários lançamentos após seu quarto teste nuclear, em
janeiro.
Um porta-voz da chancelaria norte-coreana
classificou a declaração do Conselho de Segurança de "fruto de atos de
banditismo dos Estados Unidos".
"A Coreia do Norte tem os meios coerentes
para reduzir a cinzas os agressores no território dos Estados Unidos e
no palco de operações no Pacífico", afirmou o porta-voz, em declaração
transmitida pela agência oficial KCNA.
As forças navais norte-coreanas testaram
com sucesso, na última quarta-feira, um míssil balístico desde um
submarino, que violou o espaço aéreo japonês, aumentando a tensão na
região, onde dezenas de milhares de soldados de Coreia do Sul e Estados
Unidos realizam manobras militares.
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