A Rússia e
os Estados Unidos estão perto de iniciar uma ação militar conjunta
contra militantes na cidade síria de Aleppo, disse o ministro da Defesa
russo, Sergei Shoigu, segundo agências de notícias russas nesta
segunda-feira.
A luta pelo
controle de Aleppo se intensificou nas últimas semanas, e grupos
rebeldes que combatem forças do governo da Síria têm feito progressos.
As
declarações de Shoigu surpreendem porque a Rússia e os EUA apóiam lados
diferentes do conflito, ao mesmo tempo em que participam de conversas
com o objetivo de encontrar uma solução política para ele.
"Estamos
agora em uma fase muito ativa de negociações com nossos colegas
norte-americanos", disse o ministro, de acordo com a agência de notícias
RIA.
"Passo a
passo, estamos chegando mais perto de um plano --e só estou falando de
Aleppo aqui-- que realmente nos permitiria começar a lutar juntos para
trazer paz, de forma que as pessoas possam voltar às suas casas nesta
terra conturbada".
A Rússia apóia o presidente sírio, Bashar Al-Assad, no conflito de mais de cinco anos, e os EUA querem ver Assad fora do poder.
Milhares voltam a Manbij após fuga de militantes do Estado Islâmico
Milhares de
habitantes que haviam deixado a cidade síria de Manbij voltaram ao local
neste sábado, depois de combatentes apoiados pelos Estados Unidos terem
expulsado os últimos militantes do Estado Islâmico de seu antigo
reduto, afirmaram moradores e aliados dos EUA.
As Forças
Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês) anunciaram na
sexta-feira que tinham tomado o controle completo da cidade, perto da
fronteira com a Turquia, depois da partida dos últimos militantes, que
haviam usado civis como escudos humanos.
Centenas de
carros e veículos transportando famílias e seus pertences rumaram para a
cidade de acampamentos improvisados ??e aldeias do interior, onde
muitos dos moradores haviam se refugiado durante a campanha de dois
meses, de acordo com uma autoridade da SDF e parentes que estavam em
contato com os moradores.
"Milhares de
pessoas estão voltando e as lojas estão abrindo. Hoje é o primeiro dia
da vida voltando ao normal", afirmou Sharfan Darwish, porta-voz do
Conselho Militar de Manbij, aliado do SDF. Ele acrescentou que o
trabalho agora era para restaurar os serviços básicos.
A perda de
Manbij, ocupada pelo Estado Islâmico desde o início de 2014, é um grande
golpe para os militantes do EI, pois o local é de importância
estratégica, servindo como um canal para o trânsito de jihadistas
estrangeiros e provisões a partir da fronteira turca.
Estado Islâmico enfrenta "guerra de marca" no Afeganistão e Paquistão
O ataque com
drone que matou o comandante do Estado Islâmico no Afeganistão e
Paquistão foi o mais recente golpe às ambições do movimento de expandir
suas atividades para uma região onde o Taliban continua a ser a força
islâmica dominante.
O Estado
Islâmico tem atraído centenas, talvez milhares, de combatentes
jihadistas no Afeganistão e Paquistão e ocupou uma pequena faixa de
território na província afegã oriental de Nangarhar, onde o líder Hafiz
Saeed Khan foi morto em 26 de julho por um drone dos EUA, o que foi
confirmado por Washington na sexta-feira.
Mas, fora
desse território, autoridades de segurança e analistas dizem que o
Estado Islâmico permanece, por enquanto, mais uma "marca" do que uma
força militante coesa.
"Grupos de
todo o mundo querem pular para o lado deles e lucrar com sua
popularidade e o medo que comandam", disse um oficial da polícia
paquistanesa com sede em Islamabad, sob condição de anonimato porque não
estava autorizado a falar com a mídia.
A
auto-declarada "província de Khorasan" do EI no Afeganistão e no
Paquistão reivindicou a autoria de dois atentados especialmente mortais
-- um na capital afegã, Cabul, e o outro na cidade paquistanesa de
Quetta.
No entanto,
autoridades paquistanesas e analistas independentes têm levantado
dúvidas sobre as reivindicações, especialmente em relação ao bombardeio
em Quetta, dizendo que a alegação mais crível para o ataque suicida em
um hospital era de um desdobramento do Taliban paquistanês, o
Jamaat-ur-Ahrar.
"O EI está
cada vez mais na defensiva enquanto se esforça para defender o seu
califado que vem diminuindo no Iraque e na Síria, por isso tem um forte
incentivo para mostrar que ainda é relevante levando crédito por algo
que não fez", disse Michael Kugelman, analista do Woodrow Wilson Center.
Comentários
Postar um comentário