Rússia
provavelmente irá mobilizar mísseis avançados de potência nuclear em seu
território europeu de Kaliningrado até 2019, classificando a manobra
como uma reação a um escudo de mísseis apoiado pelos Estados Unidos, e
um dia pode instalá-los também na Crimeia, segundo fontes próximas ao
militares russos.
A medida
alimentaria o que já é o pior impasse entre a Rússia e o Ocidente desde a
Guerra Fria e colocaria uma porção de território de Polônia, Estônia,
Letônia e Lituânia, todos membros da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan), na alça de mira dos russos.
Moscou
provavelmente teria instalado o míssil –-chamado de Iskander, o nome
persa de Alexandre, o Grande-– em Kaliningrado de qualquer maneira, e os
alvos que irá cobrir já podem ser atingidos por mísseis russos de
alcance mais longo.
Mas
especialistas russos e ocidentais dizem que o escudo, que Moscou afirma
ter como objetivo limitar sua própria capacidade nuclear, dá ao Kremlin a
desculpa política que precisa para justificar algo que vinha planejando
há tempos.
"Os russos
planejam fazer muitas coisas que vêm preparando há algum tempo", disse
Steven Pifer, ex-embaixador norte-americano na Ucrânia e hoje membro do
conselho do centro de pesquisas Brookings Institution.
"Em Moscou
existe um longo histórico de se dizer que o que eles estão fazendo é em
reação ao que vocês fizeram, embora o tenham planejado com
antecedência".
A Otan irá
realizar uma cúpula em Varsóvia no mês que vem para decidir a melhor
maneira de conter a Rússia em resposta à anexação relâmpago da península
ucraniana da Crimeia em 2014. Os EUA, a Grã-Bretanha e a Alemanha
disseram que irão comandar novos batalhões na Polônia e nos países
bálticos para mandar um recado a Moscou.
A cúpula
pode levar a Rússia a anunciar contramedidas, mas fontes próximas de
seus militares acreditam que Moscou irá esperar a abertura de uma
instalação de defesa de mísseis planejada para o final de 2018 em solo
polonês para exibir uma reação mais séria.
Brexit - Putin diz não esperar influência da decisão britânica em sanções da UE sobre a Rússia
Brexit - Putin diz não esperar influência da decisão britânica em sanções da UE sobre a Rússia
O presidente
da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira que não espera que a
decisão britânica de deixar a União Europeia influencie as sanções
econômicas impostas sobre a Rússia pela União Europeia.
Putin disse
estar pronto para dialogar com a União Europeia, mas que o essencial
para resolver o problema de sanções está na liderança da Ucrânia, que
segundo ele, deve implementar seus comprometimentos com o acordo de paz
de Minsk.
Ele disse também que tentará minimizar os efeitos na economia russa da decisão britânica.
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