Ao menos 29 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta terça-feira na explosão de um arsenal a 70 km de Trípoli, enquanto em Sirte, a 450 km da capital, 34 membros de forças pró-governamentais foram mortos em confrontos com extremistas do grupo Estado Islâmico, informaram fontes oficiais.
Um membro das forças de segurança informou à AFP que a explosão do arsenal perto de Trípoli ocorreu quando um comando da cidade de Garabulli tomou o depósito, pertencente a uma milícia de Misrata, 200 km a leste de Trípoli.
"Em seguida, ocorreu uma grande explosão. As causas exatas são desconhecidas, mas é provável que a milícia a que pertencia o arsenal tenha instalado um explosivo antes de partir", acrescentou este membro das forças de segurança, que pediu para ter sua identidade preservada.
"Pelo menos 29 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na explosão" e o balanço pode aumentar porque no local ainda há corpos despedaçados, informou uma fonte médica.
O agente de segurança informou que a tomada do arsenal foi antecedida por confrontos entre moradores armados e milicianos de Misrata que tinham saqueado uma loja de alimentos em Garaboulli.
A maioria das milícias que impõe sua lei na Líbia é formada por insurgentes que se negaram a depor as armas depois do levante que depôs o ditador Muammar Kadhafi em 2011.
O país está mergulhado no caos, apesar da instalação, no fim de março, em Trípoli, de um governo de unidade nacional (GNA) reconhecido pela comunidade internacional.
A confusão reinante facilitou a instalação de um reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI) em Sirte, 450 km a leste de Trípoli.
Ali, pelo menos 34 membros das forças pró-governamentais foram mortos em combates contra os extremistas, segundo balanço fornecido por uma fonte médica.
"Há 34 mortos e cem feridos" nos combates travados nesta cidade.
Em 12 de maio, Sirte já tinha sido alvo de uma ofensiva das milícias de Misrata, principal componente das forças aliadas do governo de unidade nacional, para tentar recuperar a cidade.
As forças do GNA reportaram "ferozes confrontos" na região de Sirte nesta terça e informaram ter matado "dezenas de extremistas".
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