Em Goiânia, 280 homens de forças especiais de 26 órgãos de defesa e segurança realizaram oficinas que recriam cenários de atentados
Oficina de retomada de ônibus sequestrado
Encerra-se nesta
sexta-feira (13/05), em Goiânia (GO), o exercício nacional
interagências para combate à ações terroristas nos Jogos Olímpicos Rio
2016. O treinamento reuniu, desde a última segunda (09), 280 homens de
26 órgãos de segurança pública e de defesa para treinar pronta-resposta
em caso de ações terroristas.
“Sozinho,
ninguém consegue fazer o enfrentamento dessa ameaça difusa”, avalia o
General de Brigada Mauro Sinott Lopes, Comandante de Operações Especiais
do Exército, unidade que sediou o evento coordenado pelo Ministério da
Defesa. Os participantes são representantes dos grupos de forças
especiais das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), Polícia
Federal e das polícias militar e civil das localidades que sediarão
competições olímpicas.
Somente as Forças Armadas devem empregar 2 mil homens de forças especiais nos jogos olímpicos. Metade deste contingente somente na capital fluminense. Segundo o oficial-general, os centros de defesa de área também estão realizando exercícios em nível regional.
Somente as Forças Armadas devem empregar 2 mil homens de forças especiais nos jogos olímpicos. Metade deste contingente somente na capital fluminense. Segundo o oficial-general, os centros de defesa de área também estão realizando exercícios em nível regional.
O
General Sinott defende que o trabalho conjunto permite aproveitar melhor
as capacidades das tropas especializadas de cada instituição e, juntos,
reforçar o trabalho de prevenção e de combate ao terrorismo. “É dentro
desse ambiente interagências, do esforço coletivo, do somatório de
capacidades, incremento de ações de diversas agências de inteligência.
Essa é a maneira que encontramos para enfrentar o terrorismo”, afirma o
oficial-general sobre o modelo de treinamento desenvolvido pelo grupo de
trabalho do governo federal que envolve ministérios da Defesa e da
Justiça, Agência Brasileira de Inteligência e Secretaria Extraordinária
para Grandes Eventos do Governo Federal.
A Força
Aérea Brasileira (FAB) participa do treinamento com homens do Esquadrão
Aeroterrestre de Salvamento, mais conhecido como Parasar, sediado em
Campo Grande (MS). A unidade de elite vai atuar no Rio de Janeiro em
conjunto com as demais forças. Para o comandante do destacamento de
contraterrorismo da FAB, o exercício conjunto também contribui para
aumentar a aproximação com as forças especiais dos órgãos de segurança
pública e para testar as técnicas, tarefas e procedimentos empregados
por cada equipe. “É uma oportunidade de ver como as outras equipes estão
treinando e executando as missões similares as nossas. Temos como
observar se aquilo que planejamos e viemos executando é realmente eficaz
e eficiente ou se é necessário fazer pequenos ajustes para obter
melhores resultados no cumprimento da missão”, afirma. “Em função deste
exercício ser conjunto, também favorece nosso cumprimento da missão que
será conjunto com outra força armada na questão da segurança dos Jogos
Olímpicos”, complementa o oficial.
Para o delegado da unidade de contraterrorismo do Comando de Operação Tática (COT) da Polícia Federal (PF) que lidera o grupo da instituição no exercício interagências, o treinamento conjunto é sempre uma oportunidade de crescimento operacional. "A gente tem que ter essa capacidade de integração. Todas as forças somam", afirma. A PF participa anualmente de intercâmbio com países como França, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.
Para o delegado da unidade de contraterrorismo do Comando de Operação Tática (COT) da Polícia Federal (PF) que lidera o grupo da instituição no exercício interagências, o treinamento conjunto é sempre uma oportunidade de crescimento operacional. "A gente tem que ter essa capacidade de integração. Todas as forças somam", afirma. A PF participa anualmente de intercâmbio com países como França, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.
Sensibilização de públicos específicos contra ameaças terroristas - Funcionários
de hotéis, shoppings, aeroportos, transportes coletivos (metrô, ônibus)
e agentes de transito são exemplos de alguns segmentos que participaram
de palestras sobre ameaças terroristas. Nesta frente de trabalho, os
ministérios da Justiça e Defesa e a Agência Brasileira de Inteligência
buscaram sensibiliza profissionais que trabalham em áreas com grande
fluxo de pessoas para serem uma espécie de olheiros de prevenção.
“Levamos informação mais qualificada para essas audiências. Não se trata
de causar pânico e sim prevenir”, esclarece o General Sinott sobre a
importância do trabalho que se estende até o período das competições.
Cenários realistas – As 12 oficinas realizadas no exercício simulam atentados terroristas ocorridos em diferentes locais e circustâncias no mundo. Além de colocar em prática tudo o que têm treinado, as equipes táticas são avaliadas e as experiências compartilhadas. “É uma oportunidade de as equipes treinarem integradas as técnicas contraterrorismo”, afirma o Tenente Helder Gomes da Força Nacional de Segurança. O militar coordenou a oficina que simulou um ataque durante uma competição olímpica. No cenário simulado, um casal armado rende torcedores e atletas que aguardavam a premiação da final do título de judô. A missão das equipes táticas é entrar no local e neutralizar a ameaça.
Cenários realistas – As 12 oficinas realizadas no exercício simulam atentados terroristas ocorridos em diferentes locais e circustâncias no mundo. Além de colocar em prática tudo o que têm treinado, as equipes táticas são avaliadas e as experiências compartilhadas. “É uma oportunidade de as equipes treinarem integradas as técnicas contraterrorismo”, afirma o Tenente Helder Gomes da Força Nacional de Segurança. O militar coordenou a oficina que simulou um ataque durante uma competição olímpica. No cenário simulado, um casal armado rende torcedores e atletas que aguardavam a premiação da final do título de judô. A missão das equipes táticas é entrar no local e neutralizar a ameaça.
Em
outro local, o cenário envolve o atentado envolve o uso de gás
neurotóxico. Além de neutralizar os terroristas, as equipes precisam se
proteger dos agentes químicos que contaminaram o ambiente. O uso de
roupas que contém uma camada interna de carvão ativado e máscaras são
incorporados ao equipamento. O maior aprendizado ocorre após a ação: a
descontaminação.
Atiradores de elite – Das 17 diferentes oficinas táticas, cinco são dedicadas exclusivamente aos atiradores de elite. As duplas (caçador e observador) executam tiros de precisão para atingir alvos dispostos entre 400 e 950 metros. Os disparos também são realizados à noite.
Atiradores de elite – Das 17 diferentes oficinas táticas, cinco são dedicadas exclusivamente aos atiradores de elite. As duplas (caçador e observador) executam tiros de precisão para atingir alvos dispostos entre 400 e 950 metros. Os disparos também são realizados à noite.
Ao
longo de três dias, cada um dos 51 atiradores terá executado uma média
de 600 tiros. “Em caso de crise, eles provavelmente serão empregados em
área urbana. A gente treina para buscar a maior proximidade com a
realidade”, explica o atirador do Exército e chefe da oficina, cuja
identidade é preservada, assim como dos demais participantes. O ambiente
simulado considera as variáveis de pessoas se movimentando, alvos
simultâneos e dispostos em múltiplas distâncias.
Um
atirador precisa de pelo menos dois anos para ser formado, o que inclui
preparo físico, psicológico e domínio do armamento de precisão. Nenhum
integrante desta oficina têm menos de cinco anos de experiência em
missões reais, seja em operações de paz ou em policiais urbanas ou até
combatendo o novo cangaço. A troca de experiências também é um ponto
forte do encontro de caçadores e observadores que atuarão em conjunto
sem que ninguém perceba sua presença.
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