EUA mostram força enquanto Ásia se preocupa com Mar do Sul da China









Os Estados Unidos aumentaram a pressão sobre a China neste sábado para frear suas ações no Mar do Sul da China, com autoridades de defesa destacando a superioridade militar de Washington e prometendo continuar sendo o garantidor da segurança asiática por décadas.
O secretário de defesa Ash Carter afirmou que a abordagem dos EUA na Ásia-Pacífico continuava de "comprometimento, força e inclusão", mas ele também advertiu a China contra comportamentos provocativos no Mar do Sul da China.
Qualquer ação por parte da China para reconquistar território em Scarborough Shoal, área no disputado mar, teria consequências, disse Carter.
"Eu espero que isso não ocorra, pois resultará em ações dos Estados Unidos e... de outros na região, o que teria o efeito de não apenas aumentar as tensões, mas de isolar a China", disse Carter ao Sangri-La Dialogue, fórum de segurança regional em Cingapura.
"Os Estados Unidos continuarão sendo o exército mais poderoso e principal garantidor de segurança da região por décadas a fio - e não deve haver dúvida quanto a isso."
O Mar do Sul da China se tornou um ponto de disputa entre os Estados Unidos, que aumentou seu foco na Ásia-Pacífico sob o governo do presidente Barack Obama, e a China, que projeta maior poder econômico, político e militar na região.

China diz "não temer problemas" no Mar do Sul

A China rejeitou neste domingo a pressão dos Estados Unidos para conter suas atividades no Mar do Sul da China, reafirmando sua soberania sobre a maior parte do território disputado declarando "não temer problemas".
No último dia da maior cúpula de segurança da Ásia, o almirante Sun Jianguo disse que a China não será intimidada, incluindo sobre o processo pendente no tribunal internacional relacionado às reivindicações chinesas na importante rota comercial.
"Não criamos problemas, mas não temos medo deles", disse Sun ao Shangri-La Dialogue, em Cingapura, onde mais de 600 autoridades de segurança, militares e de governos se reuniram durante três dias. "A China não vai arcar com as consequências, nem permitir qualquer violação em sua soberania ou seus interesses, ou ser indiferente a alguns países criando o caos no Mar do Sul da China."
No sábado, funcionários de alta patente norte-americanos, incluindo o secretário de Defesa, Ash Carter, advertiram a China sobre o risco de isolamento internacionalmente e se comprometeram em manter a segurança na Ásia por décadas.

Democracia não é algo a temer, diz Taiwan à China em aniversário de Tiananmen

No aniversário da sangrenta repressão da China ao protesto de estudantes dentro e ao redor da Praça Tiananmen, a nova presidente de Taiwan disse à China neste sábado que a democracia não é algo a ser temido.
Tsai Ing-wen disse em um post do Facebook no 27o aniversário do evento que Taiwan pode servir de exemplo à China.
Tsai disse, na disputa eleitoral de Taiwan no início do ano, ter visto pessoas da China, bem como dos territórios chineses de Hong Kong e Macau, misturadas à multidão em Taiwan.
"Estes muitos amigos, após experienciarem as coisas eles próprios, podem ver que, na realidade, não há nada assustador sobre a democracia. A democracia é uma coisa boa e do bem", escreveu Tsai, que tomou posse no mês passado.
A China enviou tanques para acabar com os protestos em 4 de junho de 1989. Pequim nunca divulgou o número de mortos, mas estimativas de grupos de direitos humanos e testemunhas variam de centenas a milhares de mortos.
O tema continua sendo tabu na China, onde o presidente Xi Jinping supervisiona uma grande repressão à grupos de direitos humanos e ativistas.

Secretário do Tesouro dos EUA diz que excesso de capacidade é "corrosivo" para expansão da China

O excesso de capacidade industrial da China terá um impacto "corrosivo" em seu crescimento e eficiência futuros a menos que seja reduzido, disse neste domingo o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, acrescentando que isso também está causando distorções nos mercados globais.
Lew, falando a estudantes em Pequim, disse que espera fazer progressos sobre a questão de excesso de capacidade em reuniões bilaterais com autoridades chinesas a partir de segunda-feira na capital da China. Ele observou que discussões passadas aliviaram as tensões cambiais entre as duas maiores economias do mundo.
"O excesso de capacidade não é apenas um problema interno na China", disse Lew na Universidade de Tsinghua. "A questão do excesso de capacidade tem, literalmente, um enorme efeito sobre os mercados globais para coisas como aço e alumínio, e observamos distorções nos mercados globais devido ao excesso de capacidade."
"O excesso de capacidade é corrosivo para a eficiência de uma economia", disse Lew. "Significa que você tem má alocação de recursos, isso significa que, em última instância, a única maneira de limpar o mercado é vender coisas a um preço que está abaixo do que deveria no mercado global".

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