É possível tornar aeroportos seguros contra ataques?








Policiais fazem ronda no aeroporto de Ataturk, em Istambul, no dia seguinte ao atentado
Policiais fazem ronda no aeroporto de Ataturk, em Istambul, no dia seguinte ao atentado
"O que mudou nos últimos anos é o elemento suicida. É difícil combater pessoas dispostas a explodir a si mesmas."
Essas são as palavras de Norman Shanks, que gerenciava a segurança dos maiores aeroportos do Reino Unido e estava no comando de Heathrow, o principal aeroporto britânico, em 1988, quando uma bomba derrubou um jumbo e resultou na morte de 270 pessoas.
Na época, Shanks transferiu os postos de controle para fora do terminal, pensando que isso o tornaria mais seguro. Mas logo percebeu que a medida havia apenas tranferido o problema para o lado de fora do aeroporto.
"Se teve qualquer efeito foi o de elevar a insegurança, porque os passageiros ficaram amontoados nas calçadas, deixando-os vulneráveis."
Qualquer lugar que reúna muitas pessoas é um alvo, não importando quantos policiais estejam presentes ali. Então, como impedir ataques a aeroportos?
Nesta terça-feira, o aeroporto internacional de Istambul, um dos mais movimentados da Europa, foi alvo de um atentado a bombas e tiros, que deixou ao menos 41 mortos - 13 deles estrangeiros - e 239 feridos. Nenhum grupo assumiu até o momento a autoria do ataque, mas autoridades turcas dizem que investigações iniciais apontam para o grupo autodenominado Estado Islâmico.
Em 22 de março, em Bruxelas (Bélgica), explosões atingiram o saguão do aeroporto de Zaventem e uma estação de metrô, com um saldo de 35 mortos.

Comentários