Venezuela bloqueia protesto anti-Maduro em Caracas e usa gás lacrimogêneo contra manifestantes







Manifestantes são dispersados por bombas de gás lacrimogêneo em Caracas, na Venezuela
Manifestantes são dispersados por bombas de gás lacrimogêneo em Caracas, na Venezuela
As forças de segurança da Venezuela usaram gás lacrimogêneo nesta quarta-feira (18) contra manifestantes em Caracas, em meio a protestos em todo o país pedindo um referendo revogatório para acabar com o governo socialista do presidente Nicolás Maduro.
No terceiro dia de protestos da oposição em uma semana, milhares de manifestantes se dirigiram para o centro de Caracas, disseram testemunhas, planejando marchar até a sede do conselho eleitoral nacional.
Mas soldados da Guarda Nacional e a polícia isolaram o quarteirão onde os manifestantes planejavam se reunir. Os manifestantes seguiram então para as ruas próximas com bandeiras e gritando frases anti-Maduro.
Forças de segurança usaram gás lacrimogêneo contra cerca de 100 manifestantes que tentaram passar por uma barreira, disseram testemunhas.
"Eles estão assustados. Os venezuelanos estão cansados, com fome", disse o manifestante Alfredo Gonzales, de 76 anos, que usava um cachecol cobrindo a boca e disse ter sido alvo de spray de pimenta.
Uma manifestação anti-Maduro na quarta-feira da semana passada também acabou em violência, com tropas usando gás lacrimogêneo para conter pessoas que atiravam pedras. Um policial usou spray de pimenta contra o líder da oposição, Henrique Capriles.
Maduro, ex-motorista de ônibus de 53 anos que em 2013 venceu a eleição para substituir Hugo Chávez, acusa Capriles e outros líderes da oposição de tentativa de golpe com a ajuda dos Estados Unidos.
A coalizão da oposição, capitalizando o descontentamento popular pela crise econômica do país, ganhou controle da Assembleia Nacional nas eleições de dezembro. Mas todas as medidas legislativas foram derrubadas pela Suprema Corte que apoia o governo.

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