A Rússia vai
adotar medidas retaliatórias se a Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN) enviar quatro batalhões adicionais à Polônia e aos países
bálticos, e irá reforçar seus flancos no oeste e no sul com três novas
divisões até o final do ano de qualquer maneira, disseram autoridades.
Na
segunda-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter,
disse que a OTAN está cogitando fazer o rodízio de quatro batalhões de
soldados em Estados-membros do leste diante do atual cenário de tensão
crescente no mar Báltico.
A Rússia já
enviou caças para interceptar aviões de reconhecimento dos EUA nas
últimas semanas e fez manobras de ataque simuladas perto de um destróier
norte-americano no Báltico.
O chefe de
departamento do Ministério das Relações Exteriores russo, Andrei Kelin,
disse nesta quarta-feira que o destacamento proposto pela OTAN e
mencionado por Carter causa preocupação em Moscou.
"Isso seria
um fortalecimento muito perigoso de Forças Armadas próximo de nossas
fronteiras", afirmou Kelin à agência de notícias Interfax.
"Temo que
isso exija certas medidas retaliatórias a respeito das quais o
Ministério das Relações Exteriores já está conversando".
Em janeiro a
Rússia anunciou que irá criar três novas divisões militares e acionar
novos regimentos de mísseis nucleares estratégicos.
Também nesta
quarta-feira, o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, disse que as
novas divisões seriam formadas até o final deste ano e que estão sendo
criadas para se contraporem ao que Moscou classifica como as forças cada
vez maiores da OTAN.
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