O secretário-geral da OTSC - Organização do Tratado de Segurança Coletiva¹ (OTSC na sigla em português, em inglês: Collective Security Treaty Organisation - CSTO) Nikolai Bordyuzha, concedeu uma entrevista exclusiva à Sputnik.
Sputnik: Será que a OTSC tomará medidas para evitar a escalação da situação em Nagorno-Karabakh?
Sputnik: Será que a OTSC tomará medidas para evitar a escalação da situação em Nagorno-Karabakh?
Nikolai Bordyuzha: A
OTSC teve e tem participação neste problema através o seu potencial
político. Mesmo aquilo que na altura o presidente Putin fez por via de
se encontrar com os dois líderes e elaborar certos passos conjuntos
dirigidos a atingir um compromisso foi precisamente a ação de um dos
chefes de Estado da OTSC.
Outra questão é que hoje não só a OTSC,
mas todos devem aceitar as medidas necessárias para que o conflito não
aumente, que termine, que as ações militares, os bombardeios sejam
cessadas. Ninguém precisa disso. Isso ameaça criar um conflito muito
grande no Cáucaso. Por isso, os líderes, primeiramente do Azerbaijão,
devem compreender isso.
As alegações da Organização do Tratado do
Atlântico Norte sobre ataques nucleares simulados da Rússia durante
exercícios militares fazem parte da propaganda utilizada pelo bloco para
justificar sua própria existência, afirmou nesta quinta-feira o enviado
do governo russo para a OTAN, Alexander Grushko.
"Isso faz parte da agressiva campanha de propaganda da OTAN para provar sua utilidade, para justificar as manobras da aliança para reconstruir a Cortina de Ferro na Europa, bem como para encontrar uma desculpa para suas construções militares e expansão até as fronteiras russas", declarou Grushko em conversa com jornalistas em Bruxelas.
"Isso faz parte da agressiva campanha de propaganda da OTAN para provar sua utilidade, para justificar as manobras da aliança para reconstruir a Cortina de Ferro na Europa, bem como para encontrar uma desculpa para suas construções militares e expansão até as fronteiras russas", declarou Grushko em conversa com jornalistas em Bruxelas.
Nesta semana, o secretário-geral da
OTAN, Jens Stoltenberg, divulgou o seu relatório anual (referente a
2015) com pesadas acusações sobre as intenções russas e chamando a
atenção para o suposto perigo que a Rússia representa para a Europa. No
documento, ele se refere às ações de Moscou como fatores imprevisíveis e
desestabilizadores, e cita como exemplo simulações de ataques nucleares
que as Forças Armadas russas teriam praticado em seus exercícios
militares.
Para Gushko, as alegações de Stoltenberg
soam ainda mais bizarras em um momento em que a Rússia tem feito de tudo
para tornar suas atividades militares o mais transparentes possível.
Rússia responderá simetricamente ao aumento da presença da OTAN na Europa
A Rússia responderá de maneira simétrica e
eficaz o aumento da presença militar da OTAN na Europa. A declaração é
do embaixador russo na Aliança, Alexader Grushko.
“A resposta será totalmente simétrica, será calibrada de forma tal que corresponda a nossas ideias sobre o nível da ameça militar, para que seja eficaz ao máximo”, disse Grushko em entrevista ao canal televisivo Rossiya 24.
“A resposta será totalmente simétrica, será calibrada de forma tal que corresponda a nossas ideias sobre o nível da ameça militar, para que seja eficaz ao máximo”, disse Grushko em entrevista ao canal televisivo Rossiya 24.
“Não somos observadores passivos,
realizamos de maneira consecutiva todas as medidas militares que
qualificamos como necessárias para compensar esta presença crescente”,
destacou o diplomata.
Grsuhko observou também que os “EUA seguem reforçando sua presença militar na Europa, com ênfase no flanco oriental".
Anteriormente, o Ministério das Relações
Exteriores russo havia declarado que a OTAN continua criando ameaças à
segurança nacional da Rússia.
Segundo Moscou, a Aliança do Norte se
esforça para conter a Rússia aumentando sua presença militar nos países
da Europa Oriental e intensificando as manobras perto das fronteiras da
Rússia.
¹Nota DefesaNet:
¹Nota DefesaNet:
A Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), também conhecida como Organização do Tratado de Cooperação e Segurança ou simplesmente Tratado de Tashkent, é uma aliança militar intergovernamental assinada em 15 de maio de 1992. Em 7 de outubro de 2002, os presidentes da Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tadjiquistão assinaram uma ratificação em Tashkent, fundando oficialmente a OTSC. Na ocasião, Nikolai Bordyuja foi nomeado secretário-geral da nova organização.
Em 23 de junho de 2006 o Uzbequistão se tornou um membro integrante da OTSC, e sua participação foi oficializada pelo parlamento uzbeque em 28 de março de 2008. A organização é atualmente um membro-observador da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
A carta de intenções da OTSC reafirmou o
desejo de todos os Estados participantes de se abster da utilização ou
da ameaça do uso da força. Os signatários não podem participar de outras
alianças militares, ou quaisquer outros grupos de Estados, e estipula
que qualquer agressão contra um dos membros deve ser vista como uma
agressão contra todos.
A OTSC realiza exercícios militares conjuntos anualmente, como forma de melhorar a cooperação entre os integrantes da organização. O maior destes exercícios foi o realizado o conhecido como "Rubej 2008", na Armênia, onde um total de 4000 homens de todos os sete países constituintes da OTSC conduziram treinamentos operativos, estratégicos e táticos, com ênfase na melhoria da eficiência do elemento de segurança coletiva da parceria.
A OTSC realiza exercícios militares conjuntos anualmente, como forma de melhorar a cooperação entre os integrantes da organização. O maior destes exercícios foi o realizado o conhecido como "Rubej 2008", na Armênia, onde um total de 4000 homens de todos os sete países constituintes da OTSC conduziram treinamentos operativos, estratégicos e táticos, com ênfase na melhoria da eficiência do elemento de segurança coletiva da parceria.
A OTSC utiliza um sistema de 'presidência
rotatória', na qual o país responsável pela liderança da aliança é
alternado anualmente. A Bielorrússia ocupa atualmente a presidência da
organização.
Comentários
Postar um comentário