O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou nesta quinta-feira (7) o chefe de governo interino da Espanha, Mariano Rajoy, de "racista, lixo corrupto e lixo colonialista" e voltou a exigir que respeite o país caribenho.
"A campanha contra a Venezuela aumentou nas últimas 48 horas, eles dizem que estão esperando que aconteça algo em abril. Sigam esperando porque em abril o que vai haver é mais revolução", disse Maduro em um discurso no Palácio de Miraflores, sede do Executivo, ao término de uma manifestação chavista contra a lei de anistia.
O presidente declarou que vê "bastante televisão internacional" e que ontem mesmo viu emissoras de Chile, Argentina e Espanha atacando a Venezuela.
"Há uma dessas emissoras que se chama 'Antena 3', a televisão dos corruptos, dos bandidos, dos ladrões, pois seguramente todos estão intrometidos no escândalo do Panama Papers", afirmou, em referência à emissora privada da Espanha.
Além disso, assegurou que "na Espanha estão aterrorizados porque surgiu uma organização e uma liderança próprias" e acrescentou que "a oligarquia espanhola treme como tremeu com Simón Bolívar que há 200 anos os expulsou com a baioneta limpa".
"Te digo, Rajoy, racista, colonialista, lixo corrupto, lixo colonialista, a Venezuela deve ser respeitada, este é o povo de Simón Bolívar", bradou.
No ato no Palácio de Miraflores discursaram algumas pessoas que ficaram feridas pela violência originada nos protestos de 2014, entre elas um motorista de ônibus.
"O que fariam na Espanha se um grupo de pessoas atacasse por razões políticas um trabalhador do metrô ou dos ônibus, o que fariam na Espanha? Responda, Rajoy!", desafiou Maduro.
Vários dos opositores presos que seriam beneficiados pela lei de anistia aprovada pelo parlamento, como o líder Leopoldo López, foram detidos ou condenados sob a acusação de ter promovido a violência nos protestos de 2014.
Comentários
Postar um comentário