EUA enviam caças F-22 ao leste da Europa para tranquilizar aliados da Otan temerosos da Rússia







Os Estados Unidos iniciaram sua maior mobilização de caças F-22 na Europa com uma visita ao Mar Negro para a realização de um exercício, cuja meta é reforçar o apoio militar aos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no leste europeu que dizem enfrentar agressões da Rússia.
Em 2014, o presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu fortalecer as defesas dos membros da Otan do leste da Europa que se assustaram quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia e o Kremlin usou forças pró-Moscou no leste da Ucrânia.
Um avião de reabastecimento KC-135 dos EUA voou com dois caças F-22 Raptor da Grã-Bretanha à base aérea Mihail Kogalniceanu, na Romênia, disse um repórter da Reuters que acompanhou a missão.
Os EUA enviaram doze F-22s --que são quase impossíveis de detectar com radares e tão avançados que o Congresso norte-americano proibiu a empresa Lockheed Martin de vendê-los no exterior-- para Lakenheath, base britânica localizada no leste da Inglaterra.
O Ocidente está procurando aumentar a defesa de seu flanco do leste e tranquilizar os membros da Otan na região, que passaram décadas sob domínio russo, mas sem provocar o Kremlin com o posicionamento de grandes forças de forma permanente.
Mesmo assim as tensões estão aumentando, e a Rússia diz que o reforço da Otan está dando combustível para uma situação perigosa. Dois aviões de guerra russos realizaram simulações de manobras de ataque perto de um destróier lançador de mísseis teleguiados dos EUA no Mar Báltico no início de abril, afirmaram autoridades norte-americanas, segundo as quais a embarcação realizava tarefas rotineiras perto da Polônia.

Obama garanta apoio militar ao leste europeu

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ratificou neste domingo sua decisão de enviar tropas ao leste da Europa e ressaltou a importância de os membros da OTAN aumentarem seus orçamentos de defesa perante as "pressões" do sul, a "agressiva" postura da Rússia e sua "enorme despesa" militar.
Em entrevista coletiva em Hannover, na Alemanha, após uma reunião bilateral com a chanceler alemã, Angela Merkel, Obama se referiu à próxima reunião da OTAN que será realizada em julho na Polônia e defendeu "manter uma Aliança forte" para garantir a defesa coletiva. Neste contexto, lembrou o anúncio feito por seu governo para desdobrar forças rotatórias no leste da Europa, incluindo os países bálticos.
"Temos a obrigação de defender todos os aliados e faremos isso", manifestou.
Obama lembrou também a declaração adotada na última cúpula, realizada no País de Gales em 2014, onde os aliados se comprometeram a avançar rumo ao objetivo de destinar 2% do PIB ao orçamento de defesa em no máximo dez anos.
Em sua opinião, é importante trabalhar esse objetivo para "manter a capacidade de defesa para prevenir guerras" e estar em condições de "lançar um sinal forte" de que a Aliança é capaz de fazer frente aos novos desafios enfrentados pela Europa e por todo o mundo.

Turquia vai instalar baterias antimísseis dos EUA na fronteira com a Síria

A Turquia chegou a um acordo com os Estados Unidos para instalar e, maio baterias antimísseis americanas na fronteira com a Síria, para enfrentar os ataques cada vez mais frequentes do grupo Estado Islâmico (EI), anunciou ministro das Relações Exteriores.
"Chegamos a um acordo para instalar do lado turco da fronteira (mísseis antimísseis) HIMARS (High Mobility Artillery Rocket System)", afirmou o chanceler Mevlüt Cavusoglu ao jornal Habertürk.
Desde o início do ano, quase 40 foguetes disparados de zonas na Síria controladas pelo EI mataram 17 civis na localidade turca de Kilis (sudeste), segundo o governo de Ancara.
No domingo, um ataque com foguetes deixou dois mortos e 25 feridos nesta cidade, que recebe muitos refugiados sírios.
As baterias HIMARS podem ser instaladas em locais distintos graças a sua mobilidade e são muito eficientes por ter um alcance de 90 km, contra os 40 km da artilharia turca que bombardeia as posições extremistas após cada ataque contra seu território.

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