Centenas de civis na Síria participaram nesta sexta-feira (4) de manifestações para pedir a queda do regime no país, a liberdade dos presos e o fim do bloqueio sofrido por várias cidades pelo conflito que afeta o país há quase cinco anos.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou em comunicado que as manifestações aconteceram depois da oração do meio-dia em algumas cidades e localidades das províncias de Aleppo e Idlib (norte), e em Homs (centro).
Foram registrados protestos também na cidade de Duma e na comarca de Deir al Asafir, localizadas no leste da periferia de Damasco, e na província de Deraa (sul)
Os manifestantes percorreram as ruas e gritaram palavras de ordem que exigem a queda do regime sírio, liberdade para os presos e o fim do assédio às cidades sitiadas.
Estas manifestações acontecem cerca de três anos depois dos grandes protestos nessas regiões e que praticamente desapareceram devido às operações militares que afetaram a maioria do território sírio.
O Observatório afirmou que pelo menos 12 membros do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) morreram nas últimas 24 horas em combates com as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança curdo-árabe apoiada pelos Estados Unidos, nos arredores do monte Abdelaziz, no sul da província de Al Hasaka (nordeste).
Durante a luta, as FSD conseguiram avançar e tomar o controle de setores do oeste da colina e da região da rota Abu Jashab, que liga Al Hasaka com uma área da província vizinha de Deir ez Zor.
A ONG disse que aproximadamente 50 combatentes da rebelde Brigada 51, liderada por um coronel desertor do Exército sírio, entraram nas últimas 48 horas no norte de Aleppo através do território turco.
Além disso, o Observatório afirmou que um civil teria morrido em dois bombardeios aéreos nos arredores da cidade de Duma, no leste da periferia de Damasco, os primeiros nesta região desde que começou o cessar-fogo no último dia 27.
O Observatório informou ontem que até na quarta-feira passada pelo menos 118 pessoas, entre elas 24 civis, morreram nas áreas onde se declarou a cessação de hostilidades.
O cessar-fogo não foi declarado em todo o território sírio, já que grupos como o terrorista Estado Islâmico e a Frente al Nusra rejeitaram que se estabelecesse a trégua nas áreas que estão sob seu controle.
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