Obama está disposto a atacar Estado Islâmico até na Líbia












O presidente americano, Barack Obama, garantiu nesta quinta-feira que o país está pronto para agir contra o grupo Estado Islâmico (EI) até mesmo na Líbia, se for necessário.
"O presidente insistiu em que os Estados Unidos continuarão atuando para combater os conspiradores terroristas do EI em qualquer país", anunciou a Casa Branca, após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, convocada por Obama para discutir o tema.
As potências ocidentais temem que a instabilidade política na Líbia, no norte da África, torne-se um terreno fértil para que o EI amplie suas operações no território.
Obama "encomendou a sua equipe de Segurança Nacional que continue os esforços para fortalecer a governabilidade e apoie os esforços contra o terrorismo na Líbia e nos países onde o EI tentou estabelecer sua presença", acrescentou a Presidência.
Mais cedo, porém, o secretário americano da Defesa, Ashton Carter, disse à imprensa que a ação na Líbia ainda não está decidida.
Washington está "desenvolvendo opções para o que poderíamos fazer no futuro", disse Carter aos jornalistas.
"Estamos vendo a situação muito cuidadosamente - e há muitas coisas a fazer lá neste momento -, mas não tomamos qualquer decisão sobre agir militarmente", completou o secretário.
 

EUA pedem a rebeldes sírios que participem do diálogo de paz

O governo americano considerou "legítimos" os pedidos de ajuda internacional feitos pela oposição síria para as zonas sitiadas, mas solicitou a esses rebeldes que participem das conversas de paz "sem condições prévias".
Hoje, a principal coalizão da oposição na Síria anunciou que não fará parte do diálogo de paz mediado pela ONU, a menos que se obtenha um acordo para a entrega de alimentos e para o acesso de ajuda médica aos civis nas áreas sitiadas.
A diplomacia americana insiste na importância de se apoiar uma iniciativa que pode levar a uma resolução pacífica de um conflito que castiga a Síria há cinco anos e já deixou mais de 260.000 mortos.
"É uma oportunidade verdadeiramente histórica para eles ir a Genebra para propor medidas sérias e práticas para estabelecer um cessar-fogo e outras medidas para criar confiança", declarou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner.
"E continuamos pensando em que deveriam aproveitá-la sem condições prévias", comentou, acrescentando que "essas demandas, ainda que legítimas, não devem impedir que as conversas sigam adiante".
O porta-voz da diplomacia americana se referiu também a uma estimativa da ONU, segundo a qual 486.000 sírios estão presos em áreas sitiadas e, destes, 274.000 estão cercados pelas forças do governo Bashar al-Assad.
"Todas as partes devem permitir, de forma imediata, incondicional e sem obstáculos, que a ajuda humanitária seja entregue àqueles que necessitam dela em todas essas zonas sob cerco", frisou Toner.
 

Em Riad, oposição síria descarta participar de negociações em Genebra

A oposição síria reunida em Riad, capital da Arábia Saudita, não irá a Genebra para o início das negociações indiretas com o regime de Bashar al Assad, organizadas pela ONU em Genebra, anunciou à AFP um porta-voz dos rebeldes.
"Sim, as reuniões em Genebra vão começar na sexta-feira e não, não vamos estar lá porque não tomamos uma decisão", afirmou por telefone Monzer Majus, porta-voz do Alto Comitê de Negociações (ACN).
O ACN foi criado em dezembro para reunir os principais grupos rebeldes, tanto as organizações armadas quanto os partidos políticos, com o objetivo de estabelecer diálogos indiretos com o governo.
"Vamos seguir com nossas reuniões amanhã em Riad. Ainda não tomamos uma decisão sobre a participação" nas conversas em Genebra, destacou o representante.
Pouco antes, o delegado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, fez um apelo emocionado para que as negociações comecem e afirmou que cinco anos de guerra são "demais".

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