Em resposta a míssil, Força Aérea israelense ataca posições do Hamas em Gaza. Após série de incidentes que aumentou tensões na região, premiê diz que Israel lutará "até a morte" contra terrorismo palestino.
Israel realizou bombardeios aéreos na
Faixa de Gaza nesta segunda-feira (05/10), em retaliação a um ataque de
um míssil lançado a partir do território palestino. O projétil atingiu o
sul do país, mas caiu sobre uma área desabitada e não deixou mortos ou
feridos, segundo o Exército de Israel.
Um comunicado das Forças Armadas
israelenses afirma que o ataque da Força Aérea de Israel "tinha como
alvo uma localidade dos terroristas do Hamas no norte da Faixa de Gaza".
Também não há relatos de vítimas do lado palestino.
Segundo os militares israelenses,
dezesseis mísseis foram lançados a partir de Gaza contra Israel neste
ano. No último dia 30 de setembro, caças israelenses bombardearam quatro
campos de treinamento do braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedine
al-Qassam, em resposta ao lançamento um projétil que havia sido
interceptado pelo sistema de defesa israelense. Não houve vítimas, uma
vez que os campos estavam vazios durante o ataque.
Militantes salafistas de uma organização
ligada aos extremistas do "Estado Islâmico" (EI) reivindicaram a autoria
do mais recente ataque lançado a partir de Gaza, mas Tel Aviv
responsabiliza o Hamas por todos os incidentes do tipo.
Este é o mais recente de uma série de
acontecimentos que aumentaram as tensões na região. Neste domingo, a
polícia israelense decidiu bloquear o acesso dos palestinos à Cidade
Velha de Jerusalém , após um jovem de 15 anos ser esfaqueado no local. O
agressor, de origem palestina, foi morto a tiros pela polícia. O jovem
israelense ferido foi levado para o hospital.
Na noite de sábado, outro palestino
agrediu a faca diversos membros de uma família judia na Cidade Velha de
Jerusalém, matando dois homens. O palestino conseguiu sacar a arma de
uma das vítimas, um soldado israelense de 21 anos, e passou a atirar num
grupo de turistas e policiais, antes de ter sido morto a tiros.
Após o incidente, o primeiro-ministro de
Israel, Benjamim Netanyahu, anunciou medidas rígidas, que incluem "maior
rapidez na demolição de edifícios dos terroristas", e afirmou que o
país irá "lutar até a morte" contra o terrorismo palestino.
Cidade Velha de Jerusalém vedada a palestinos
Neste domingo (04/10), a polícia
israelense informou que, nos próximos dois dias, o acesso à Cidade Velha
de Jerusalém está permitido somente para os palestinos que moram,
estudam ou trabalham lá, como também para cidadãos israelenses e
turistas.
"Os regulamentos implementados são
definitivamente necessários para lidar com os recentes ataques
terroristas", informou o porta-voz da polícia israelense Micky
Rosenfeld.
A decisão inédita veio após um palestino
ter esfaqueado um jovem israelense de 15 anos neste domingo. O agressor
foi morto a tiros pela polícia. O jovem ferido foi levado para o
hospital.
Na noite de sábado, outro palestino
agrediu a faca diversos membros de uma família judia na Cidade Velha de
Jerusalém, matando dois homens. O palestino conseguiu sacar a arma de
uma das vítimas, um soldado israelense de 21 anos, e passou a atirar num
grupo de turistas e policiais, antes de ter sido morto a tiros.
Numa ação de busca e apreensão num campo
de refugiados na Cisjordânia, tropas israelenses feriram ao menos 30
palestinos e prenderam dois suspeitos, informou a mídia palestina.
Fim dos acordos de paz
Em Jerusalém vivem cerca de 300 mil
palestinos, o que corresponde a um terço da população da cidade. A
maioria deles tem status de residente na antiga metrópole, mas não
possuem a cidadania israelense.
No movimentado centro histórico de
Jerusalém está localizada a maioria dos sítios muçulmanos, cristãos e
judeus. A Cidade Velha também abriga o sensível complexo da mesquita
Al-Aqsa, que os israelenses chamam de Monte do Templo. Além da proibição
do ingresso à Cidade Velha, a polícia israelense também vetou o acesso à
mesquita para homens palestinos abaixo dos 50 anos.
Devido à disputa em torno da utilização
do complexo, confrontos entre israelenses e palestinos têm se repetido
com frequência nos últimos tempos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, deverá se encontrar neste domingo com autoridades de
segurança do país para decidir sobre uma "ofensiva dura contra o
terrorismo islâmico palestino."
Na última quarta-feira, o presidente da
Autoridade Palestina, declarou em discurso na Assembleia Geral das
Nações Unidas que vai abandonar os acordos de paz com Israel.
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