Ao menos dez pessoas, entre elas sete crianças, morreram nesta quarta-feira (28) e dezenas estão desaparecidas depois dos naufrágios de embarcações de migrantes entre a Turquia e a Grécia, o que provocou um chamado europeu a Atenas para que garanta a segurança das vítimas.
Já no final da noite, foram encontrados os corpos de duas crianças e de uma mulher na pequena ilha de Agathonissi, ao sul do Egeu oriental, após um dia de intensas buscas.
À noite, 241 pessoas, muitas com hipotermia, foram salvas após o naufrágio de uma barca de madeira na costa norte de Lesbos, principal acesso dos migrantes na Europa, no Egeu oriental.
Um homem e duas crianças foram encontrados mortos à noite e continuavam as buscas com ajuda de um helicóptero e várias embarcações.
"A situação é muito confusa, pois a princípio se falava que estavam viajando umas 100 pessoas nesta embarcação e finalmente 241 foram salvas e ignora-se quantas estavam a bordo", informou um porta-voz da polícia portuária.
Um fotógrafo da AFP no local contou que em uma praia de Molyvos seis crianças foram resgatadas inconscientes, enquanto barcos pesqueiros traziam sobreviventes.
Vítima de um naufrágio anterior na mesma região, uma criança de sete anos que foi socorrida inconsciente morreu em um centro de atendimento médico de Molyvos, para onde foi levada de ambulância. Uma menina que chegou no mesmo barco foi reanimada, mas seu estado permanece "crítico".
Duas crianças e um homem se afogaram mais ao sul, nas águas da ilha de Samos, quando a embarcação com cinquenta pessoas a bordo naufragou pouco depois do meio-dia.
A guarda costeira continuou trabalhando nas águas de Samos e da ilha de Agathonissi com a expectativa de encontrar as pessoas declaradas como desaparecidas, após o resgate das embarcações procedentes da Turquia.
Uma menina de cinco anos morreu pela manhã no hospital de Samos, após ser levada ali inconsciente por seus familiares, acolhidos provisoriamente em um centro de registro de imigrantes.
Estes novos óbitos elevam a 39 o número de migrantes mortos em águas gregas desde 1º de outubro, segundo estatísticas da AFP com base em dados fornecidos pela polícia portuária grega.
Desde o começo do ano, 560 mil migrantes e refugiados chegaram à Grécia por mar, de um total de mais de 700 mil que entraram na Europa pelo Mediterrâneo, informou a OIM (Organização Internacional para Migrações).
Mais de 3.200 pessoas, principalmente crianças, morreram nestas travessias, segundo a OIM.
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