Nível do Guaíba bate recorde e Porto Alegre tem operação contra cheia.
Na quarta (14), volta a chover no estado, com risco para temporais.
Chuva deve dar trégua no estado, mas somente até quarta-feira (14) (Foto: Betina Carcuchinski/PMPA)
Após dias de transtornos provocados pela chuva intensa,
com alagamentos e enchentes em diversas regiões, o tempo muda um pouco
nesta segunda-feira (12) no Rio Grande do Sul. Ainda chove em alguns
pontos, mas com menor intensidade. A temperatura fica amena, variando de 9°C e 20°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).Pode haver pancadas de chuva a qualquer hora do dia no Leste e Sul do estado. No Centro e na Campanha, pequenas áreas de instabilidade provocam chuva fraca. No Oeste e Norte, o sol aparece entre muitas nuvens e não há risco de chuva. Em Porto Alegre, o dia fica nublado. Os termômetros apontarão entre 13°C e 18°C.
Água bateu recorde de 48 anos no Guaíba, em
Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)
Na
terça (13), o tempo firma em todo o estado, mas a trégua dura pouco. Em
Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana, haverá muita
nebulosidade, sem chance de pancadas.Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)
Na quarta (14), porém, já volta a chover com risco para temporais em algumas regiões. Há possibilidade de granizo na região da Campanha e Vales, devendo avançar sobre a região Metropolitana e Litoral Norte.
O tempo chuvoso deve durar até o fim da semana. No sábado (17), a instabilidade diminui e o tempo abre em todo o estado. Somente no Norte e região da Serra amanhece com chuva, mas diminui ainda pela manhã. A temperatura fica amena.
No domingo (18), uma massa de ar de origem polar ganha força e a temperatura cai ainda mais ao amanhecer, com possibilidade de formação de geada na Serra e Campanha. Não há previsão de chuva.
Após chuva, cidades têm risco de alagamento
A chuva que atinge o estado desde a semana passada provocou transtornos em muitas cidades. Resultado da chuva dos últimos das, o nível do Guaíba em Porto Alegre está em 2,80m, e oscilou até 2,81m na madrugada desta segunda (12). É a maior marca desde 1967.
Além da capital, onde uma operação é realizada com o objetivo de combater as cheias, pelo menos nove cidades das áreas próximas têm risco de alagamento. São verificados transtornos ou situação de alerta nas regiões Metropolitana, Carbonífera, Vale do Sinos e Vale do Caí.
Região Metropolitana
Canoas
Com a elevação do nível do Rio dos Sinos, a localidade do Praia do Paquetá está totalmente alagada, e só pode ser acessada de barco, mas não há desabrigados.
Esteio
Segundo a prefeitura, o Rio dos Sinos está 3,1m acima do nível normal, subindo 2cm por hora. No entanto, a água só atingirá a cidade se somente se ficar 6m acima do nível normal.
Nova Santa Rita
Há acúmulo de água, mas sem um número significativo de desabrigados.
Eldorado do Sul
A cidade passa pela maior enchente de sua história. A prefeitura realocou 40 famílias desabrigadas para o Ginásio do Loteamento Popular, no Centro. As regiões em pior estado são Vila da Paz, Cidade Verde, Loteamento Popular e Centro. Três escolas foram atingidas. O Posto Central e a farmácia do município foram fechados.
Vale do Sinos
Novo Hamburgo
O nível do Rio dos Sinos na cidade é de 6,52m, e está subindo cerca de 1,5cm por hora. A Defesa Civil estima que, se a água subir para 6,80m, algumas ruas podem ficar alagadas.
São Leopoldo
O nível do Rio dos Sinos está 2,65m acima do normnal. A Rua da Praia, no bairro Rio dos Sinos, tem pontos de alagamento. Até por volta das 18h, não havia registro de desabrigados.
Vale do Caí
Montenegro
A cidade tem 52 desabrigados, que foram encaminhados ao Ginásio do Parque Centenário. Entre eles, há 25 crianças. O nível do rio baixou 10cm entre sábado e domingo. O estado de alerta de enchentes permanece.
São Sebastião do Caí
O nível do Rio Caí está baixando. De 13,4m, neste sábado, chegou a 11,7m. Há 45 famílias alojadas no Parque Centenário.
Região Carbonífera
Charqueadas
Com o aumento no nível do Rio Jacuí nas últimas 24 horas, algumas famílias foram alojadas pela Defesa Civil no vestiário do campo de futebol da cidade, mas maioria foi para casas de familiares. Há pontos de alagamento nos bairros Beira-Rio e Santo Antônio.
Do G1 RS
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