Grupo de militares exilados no Peru desconhece governo de Maduro e se coloca às ordens do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, "na condição de presidente interino do país".
Um grupo de militares venezuelanos exilados no Peru se colocou à disposição e sob as ordens do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó. Em uma transmissão televisiva nesta quarta-feira (16/01), os militares leram uma declaração em que expressaram seu apoio à Assembleia Nacional e rejeitaram o governo de Nicolás Maduro.
Nesta terça-feira (15/01), a Assembleia Nacional da Venezuela declarou formalmente Maduro um "usurpador" da presidência, o que significa que o Poder Legislativo não reconhece o novo mandato do líder venezuelano, reeleito em 2018 em eleições amplamente contestadas.
O parlamento defende a criação de um governo de transição e novas eleições o quanto antes. "Invocando a Constituição da República Bolivariana da Venezuela, nossos mais altos valores republicanos, herdeiros da glória do libertador [Simón Bolivar], nós, soldados e componentes da Força Armada Nacional, nos dirigimos à nação e à comunidade internacional", começou a declaração dos militares.
O grupo, que tem como porta-voz o primeiro-tenente José Hidalgo Azuaje, conhecido por ter escapado da prisão militar de Ramo Verde, colocou-se às ordens do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, a que reconheceu como presidente interino do país, e incentivou outros militares da Venezuela a seguirem o exemplo.
A declaração foi encerrada com gritos de "Morte à tirania, viva a liberdade!" e um apelo ao líder oposicionista Guaidó: "Dê as ordens, meu comandante-em-chefe!".
"Fizemos um juramento à nação, não ao comandante das Forças Armadas [que na Venezuela é o presidente do país, neste caso Maduro]", explicou o Hidalgo Azuaje, em entrevista a uma emissora local. Ele estava acompanhado pelo tenente Carlos Guillén Martínez. Hidalgo Azuaje afirmou que sua intenção era também informar o povo venezuelano de que não existe apenas uma resistência civil contra o regime de Maduro, mas também um movimento de resistência militar.
Em uma entrevista subsequente ao portal UCI Noticias, Guillén Martínez fez referência ao fato de que esta semana marcou o primeiro ano da morte de Óscar Pérez, o piloto de helicóptero que se rebelou contra Maduro. "Estamos conscientes de quem estamos enfrentando. Não somos terroristas, como eles querem nos apresentar. Somos homens dignos, uniformizados. Temos uma razão de ser, fizemos um juramento e estamos dispostos a assumir as consequências para a libertação de nossa pátria", disse Guillém Martínez.
Os militares também incentivaram o povo venezuelano a tomar as ruas para "protestar pacificamente" contra o regime de Maduro em 23 de janeiro.
Nesta terça-feira (15/01), a Assembleia Nacional da Venezuela declarou formalmente Maduro um "usurpador" da presidência, o que significa que o Poder Legislativo não reconhece o novo mandato do líder venezuelano, reeleito em 2018 em eleições amplamente contestadas.
O parlamento defende a criação de um governo de transição e novas eleições o quanto antes. "Invocando a Constituição da República Bolivariana da Venezuela, nossos mais altos valores republicanos, herdeiros da glória do libertador [Simón Bolivar], nós, soldados e componentes da Força Armada Nacional, nos dirigimos à nação e à comunidade internacional", começou a declaração dos militares.
O grupo, que tem como porta-voz o primeiro-tenente José Hidalgo Azuaje, conhecido por ter escapado da prisão militar de Ramo Verde, colocou-se às ordens do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, a que reconheceu como presidente interino do país, e incentivou outros militares da Venezuela a seguirem o exemplo.
A declaração foi encerrada com gritos de "Morte à tirania, viva a liberdade!" e um apelo ao líder oposicionista Guaidó: "Dê as ordens, meu comandante-em-chefe!".
"Fizemos um juramento à nação, não ao comandante das Forças Armadas [que na Venezuela é o presidente do país, neste caso Maduro]", explicou o Hidalgo Azuaje, em entrevista a uma emissora local. Ele estava acompanhado pelo tenente Carlos Guillén Martínez. Hidalgo Azuaje afirmou que sua intenção era também informar o povo venezuelano de que não existe apenas uma resistência civil contra o regime de Maduro, mas também um movimento de resistência militar.
Em uma entrevista subsequente ao portal UCI Noticias, Guillén Martínez fez referência ao fato de que esta semana marcou o primeiro ano da morte de Óscar Pérez, o piloto de helicóptero que se rebelou contra Maduro. "Estamos conscientes de quem estamos enfrentando. Não somos terroristas, como eles querem nos apresentar. Somos homens dignos, uniformizados. Temos uma razão de ser, fizemos um juramento e estamos dispostos a assumir as consequências para a libertação de nossa pátria", disse Guillém Martínez.
Os militares também incentivaram o povo venezuelano a tomar as ruas para "protestar pacificamente" contra o regime de Maduro em 23 de janeiro.
Rússia preocupada com apoio dos EUA à oposição na Venezuela¹
O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira que a Rússia está preocupada com o discurso dos Estados Unidos sobre uma possível opção militar norte-americana para a Venezuela, e acusou Washington de apoiar a oposição no país para impedir negociações com o governo.
Lavrov afirmou, durante coletiva de imprensa anual, que a abordagem dos Estados Unidos frente à Venezuela mostra a continuidade dos esforços dos EUA para enfraquecer governos a que se opõem ao redor do mundo.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem indicado apoio a um líder de oposição na Venezuela, aumentando a pressão contra o autocrata venezuelano, Nicolás Maduro, que está no início de um controverso segundo mandato.
Em 2017, Trump disse não descartar uma “opção militar” para pôr fim ao que vê como um caos econômico na Venezuela, aliada próxima da Rússia, em comentários amplamente criticados. Os Estados Unidos também têm criticado Moscou por mandar voos militares à Venezuela, repreensões que o Kremlin tem rejeitado.
Nesta semana, o Congresso venezuelano, liderado pela oposição, declarou Maduro um “usurpador” do poder, enquanto os EUA estão considerando reconhecer o líder do Parlamento, Juan Guaidó, como o presidente legítimo do país, segundo duas fontes com conhecimento do assunto.
Na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que Washington, que já impôs sanções contra Maduro e diversos de seus aliados próximos, apoia a ação da oposição.
“Nós parabenizamos, reconhecemos e apoiamos a coragem da Assembleia Nacional da Venezuela de declarar formalmente Maduro um ‘usurpador’ da democracia e de transferir as responsabilidades executivas à Assembleia Nacional”, escreveu Pompeo no Twitter.
Durante o final de semana, Pompeo chamou o governo de Maduro de ilegítimo e disse que os Estados Unidos irão trabalhar com países que compartilham da mesma opinião na América Latina para restaurar a democracia na Venezuela.
Lavrov afirmou, durante coletiva de imprensa anual, que a abordagem dos Estados Unidos frente à Venezuela mostra a continuidade dos esforços dos EUA para enfraquecer governos a que se opõem ao redor do mundo.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem indicado apoio a um líder de oposição na Venezuela, aumentando a pressão contra o autocrata venezuelano, Nicolás Maduro, que está no início de um controverso segundo mandato.
Em 2017, Trump disse não descartar uma “opção militar” para pôr fim ao que vê como um caos econômico na Venezuela, aliada próxima da Rússia, em comentários amplamente criticados. Os Estados Unidos também têm criticado Moscou por mandar voos militares à Venezuela, repreensões que o Kremlin tem rejeitado.
Nesta semana, o Congresso venezuelano, liderado pela oposição, declarou Maduro um “usurpador” do poder, enquanto os EUA estão considerando reconhecer o líder do Parlamento, Juan Guaidó, como o presidente legítimo do país, segundo duas fontes com conhecimento do assunto.
Na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que Washington, que já impôs sanções contra Maduro e diversos de seus aliados próximos, apoia a ação da oposição.
“Nós parabenizamos, reconhecemos e apoiamos a coragem da Assembleia Nacional da Venezuela de declarar formalmente Maduro um ‘usurpador’ da democracia e de transferir as responsabilidades executivas à Assembleia Nacional”, escreveu Pompeo no Twitter.
Durante o final de semana, Pompeo chamou o governo de Maduro de ilegítimo e disse que os Estados Unidos irão trabalhar com países que compartilham da mesma opinião na América Latina para restaurar a democracia na Venezuela.
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