Pela quarta noite seguida, húngaros vão às ruas de Budapeste contra nova legislação trabalhista, em marchas que vêm crescendo e se tornando um movimento maior de contestação às políticas do governo populista de direita.
Pelo quarto dia em uma semana, milahres de húngaros tomam as ruas da capital Budepeste e exigem a renúncia de Orbán
Bombas de fumaça e gás lacrimogêneo tomaram o ar em Budapeste durante a manifestação que levou mais de 15 mil pessoas às ruas da capital da Hungria, na noite de domingo (16/12), no que foi o quarto e maior protesto em uma semana contra o governo nacionalista de direita do primeiro-ministro Viktor Orbán.
Os húngaros protestam contra uma nova legislação, apelidada pelos manifestantes de "lei de escravos", que permite que os empregadores exijam até 400 horas extras por ano de seus funcionários.
Os manifestantes carregavam também faixas com mensagens como "não roube" e "Justiça independente". Isso porque os manifestantes têm como alvo também outra lei, adotada na semana passada, que cria jurisdições específicas para casos como os recursos de concursos públicos ou os contenciosos eleitorais, o que alimentou o medo de atentados à independência da Justiça na Hungria.
Outras reivindicações são a independência e a objetividade dos meios de comunicação públicos, bem como a adesão da Hungria à Procuradoria Europeia, rejeitada por Budapeste. Os protestos já são considerados o maior movimento de contestação nas ruas a Orbán, um governo populista de direita que chegou ao poder há oito anos e que, para os críticos, segue um curso cada vez mais autocrático.
A multidão enfrentou temperaturas abaixo de zero e repetidamente pediu a renúncia de Orbán, enquanto marchava em direção à sede da televisão pública da Hungria. A liderança do protesto esperava ler uma declaração transmitida pela televisão, mas não obtiveram permissão para fazê-lo.
Os manifestantes lançaram bombas de fumaça, e a polícia retaliou com gás lacrimogêneo. "Tudo o que eu quero para o Natal é democracia", dizia um cartaz estendido no meio da batalha de fumaça e gases. Os protestos – desde que Orbán chegou ao poder em 2010 são os primeiros a reunir todos os partidos da oposição, dos verdes à extrema direita – são os mais violentos na Hungria em mais de dez anos.
Dezenas de pessoas foram detidas, e vários policiais foram feridos. Na quinta-feira, o Parlamento da Hungria aprovou um projeto de lei que permite aos empregadores exigir entre 250 e 400 horas extras por ano, e permite que eles atrasem pagamentos destas horas extras em até três anos.
O governo argumentou que a lei ajuda as empresas que estão com falta de mão de obra e beneficia os trabalhadores que querem receber ordenados por tempo extra de trabalho.
A mídia pró-governo descreveu as manifestações como mais uma manipulação do bilionário americano de origem húngara George Soros, que tem sido frequentemente usado por Orbán como bode expiatório.
No sábado, o partido governista de Orbán, o Fidesz, disse que "criminosos estão por trás dos tumultos nas ruas". Além de Budapeste, houve também protestos em mais seis grandes cidades do país: Szeged, Békéscsaba, Debrecen, Miskolc, Veszprém e Györ.
Os húngaros protestam contra uma nova legislação, apelidada pelos manifestantes de "lei de escravos", que permite que os empregadores exijam até 400 horas extras por ano de seus funcionários.
Os manifestantes carregavam também faixas com mensagens como "não roube" e "Justiça independente". Isso porque os manifestantes têm como alvo também outra lei, adotada na semana passada, que cria jurisdições específicas para casos como os recursos de concursos públicos ou os contenciosos eleitorais, o que alimentou o medo de atentados à independência da Justiça na Hungria.
Outras reivindicações são a independência e a objetividade dos meios de comunicação públicos, bem como a adesão da Hungria à Procuradoria Europeia, rejeitada por Budapeste. Os protestos já são considerados o maior movimento de contestação nas ruas a Orbán, um governo populista de direita que chegou ao poder há oito anos e que, para os críticos, segue um curso cada vez mais autocrático.
A multidão enfrentou temperaturas abaixo de zero e repetidamente pediu a renúncia de Orbán, enquanto marchava em direção à sede da televisão pública da Hungria. A liderança do protesto esperava ler uma declaração transmitida pela televisão, mas não obtiveram permissão para fazê-lo.
Os manifestantes lançaram bombas de fumaça, e a polícia retaliou com gás lacrimogêneo. "Tudo o que eu quero para o Natal é democracia", dizia um cartaz estendido no meio da batalha de fumaça e gases. Os protestos – desde que Orbán chegou ao poder em 2010 são os primeiros a reunir todos os partidos da oposição, dos verdes à extrema direita – são os mais violentos na Hungria em mais de dez anos.
Dezenas de pessoas foram detidas, e vários policiais foram feridos. Na quinta-feira, o Parlamento da Hungria aprovou um projeto de lei que permite aos empregadores exigir entre 250 e 400 horas extras por ano, e permite que eles atrasem pagamentos destas horas extras em até três anos.
O governo argumentou que a lei ajuda as empresas que estão com falta de mão de obra e beneficia os trabalhadores que querem receber ordenados por tempo extra de trabalho.
A mídia pró-governo descreveu as manifestações como mais uma manipulação do bilionário americano de origem húngara George Soros, que tem sido frequentemente usado por Orbán como bode expiatório.
No sábado, o partido governista de Orbán, o Fidesz, disse que "criminosos estão por trás dos tumultos nas ruas". Além de Budapeste, houve também protestos em mais seis grandes cidades do país: Szeged, Békéscsaba, Debrecen, Miskolc, Veszprém e Györ.
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