China se irrita com novo ato de defesa dos EUA e diz que vai avaliar conteúdo



A China condenou nesta terça-feira medidas direcionadas a um novo ato de defesa dos Estados Unidos, dizendo que exagerou o antagonismo e que Pequim examinaria de perto os aspectos que reforçam o papel de um painel norte-americano que analisa propostas de investimento estrangeiro.
As reclamações da China sobre o ato ocorrem no momento em que as duas maiores economias do mundo se engajam em uma luta cada vez mais dura pelo comércio, cobrando tarifas sobre produtos uma da outra.
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou no dia anterior uma lei de defesa de 716 bilhões de dólares que autoriza gastos militares e inclui controles mais brandos sobre contratos do governo dos EUA com as chinesas ZTE Corp e Huawei Technologies.
A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês), fortalece o Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, que analisa propostas para determinar se eles ameaçam a segurança nacional. Essa medida foi vista como algo que visa a China.
O Ministério do Comércio da China disse que notou a inclusão do Comitê no ato e que “avaliaria o conteúdo de forma abrangente”, prestando muita atenção ao impacto sobre as empresas chinesas.
“O lado norte-americano deve tratar objetivamente e justamente os investidores chineses e evitar que o Comitê de Investimentos se torne um obstáculo para a cooperação entre empresas chinesas e norte-americanas”, afirmou o ministério em comunicado.
As empresas chinesas e norte-americanas buscam uma maior cooperação em investimentos, acrescentou, pedindo que os governos dos dois países atendam às vozes de suas empresas e proporcionem um bom ambiente e expectativas estáveis.

Mercados de ações chineses caem após dados mostrarem desaceleração da economia

Os mercados de ações da China fecharam em queda nesta terça-feira, depois que dados mostraram mais sinais de arrefecimento da economia do país e as preocupações com a guerra comercial continuaram.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,51 por cento, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,17 por cento.
A economia chinesa está mostrando sinais de arrefecimento conforme os Estados Unidos preparam tarifas comerciais ainda mais rígidas, com o crescimento do investimento desacelerando para a mínima recorde e os consumidores ficando mais cautelosos com os gastos.
A China condenou nesta terça-feira medidas direcionadas a uma nova lei de defesa dos EUA, dizendo que vai avaliar de forma abrangente aspectos que reforçam o papel de um painel encarregado de revisar as propostas de investimento estrangeiro.
No restante da região asiática, os mercados acionários lutaram para recuperar o equilíbrio nesta terça-feira, quando os temores do colapso da lira turca diminuíram, embora a confiança tenha sofrido impacto com a divulgação de dados econômicos chineses.
O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha queda de 0,05 por cento às 7:26 (horário de Brasília).
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,28 por cento, a 22.356 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,66 por cento, a 27.752 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,17 por cento, a 2.781 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,51 por cento, a 3.373 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,47 por cento, a 2.258 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,70 por cento, a 10.824 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,08 por cento, a 3.242 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,76 por cento, a 6.299 pontos.

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