Mensagens interceptadas na Operação Hashtag constantes do processo Mensagens interceptadas na Operação Hashtag constantes do processo Coronel Fernando Montenegro Ex-oficial de Inteligência da Unidade de Contraterrorismo do Exército Brasileiro, pesquisador de ciberterrorismo no Instituto da Defesa Nacional de Portugal, doutorando em Relações Internacionais, professor da Universidade Autônoma de Lisboa e Consultor de Segurança. Publicado originalmente na edição especial 2017 da Revista Diálogo do US SOUTHCOM www.dialogo-americas.com No dia 14 de outubro de 2016, Valdir Pereira Rocha, brasileiro, 36 anos, morreu em decorrência de espancamento numa cadeia brasileira. Ele foi um dos 12 presos na Operação Hashtag, da Polícia Federal do Brasil, dias antes do começo dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A suspeita era de que o grupo tinha relações com o Estado Islâmico. A linha de investigação principal assinala que os agressores eram integrantes de facções do crime organizado. Esse evento mostra que ainda há diferenças e até mesmo disputas de espaço na América Latina entre jihadistas e o crime organizado. Já faz algum tempo que o Estado Islâmico criou a Nashir Agency, que vinha promovendo grupos de discussão em francês, inglês e alemão através do Telegram, aplicativo compatível com celulares Android, iOS, Windows Phone, além de versões para computador e Web que permite troca de mensagens de forma privada ou em grupo. Entretanto, é importante ressaltar que o português é um idioma estratégico, sendo a quinta língua mais falada do mundo e uma das poucas com perspectiva de expansão, juntamente com o inglês, espanhol, mandarim e árabe. Dentro do processo de aperfeiçoamento de comunicação estratégica, poucos meses antes da Rio 2016, o Estado Islâmico criou uma conta em português no sistema de troca de mensagens Telegram, o Nashir Português. Porém, vale lembrar que a jihad cibernética não é tão recente assim no Brasil. Em setembro de 2009, o libanês Khaled Hussein Ali foi preso na Operação Imperador, da Polícia Federal brasileira. Ele integrava o Jihad Media Battalion (JMB), unidade de suporte da Al Qaeda na internet para disseminação de propaganda simpatizante à causa (mensagens de conteúdo racista, incitação do ódio aos ocidentais, fomento de ideologia antissemita e publicação de vídeos de grupos extremistas). É evidente que impedir a radicalização em rede constitui-se numa tarefa praticamente impossível. Nota-se apenas a possibilidade de prevenção sobre os usos de novos meios de comunicação e difusão como plataforma de ação terrorista. RADICALIZAÇÃO Mas afinal, de que se trata essa tão falada radicalização? Vamos aqui usar alguns conceitos e definições que foram apresentados no Seminário Internacional de Estratégias de Comunicação no Contexto do Terrorismo, promovido pelo Instituto da Defesa Nacional de Portugal, pela Universidade Nova de Lisboa e pelo Sistema de Informações da República Portuguesa, em outubro de 2016. Neste evento, Nuno Rogeiro fez várias considerações e abordou o tema considerando a radicalização como o processo individual ou grupal que leva a posições extremas, agressivas e de exclusão, ou totalitárias, em matérias socio-políticas, ideológicas e religiosas, implicando em geral a destruição ou submissão de qualquer entidade pressentida como adversa ou não concordante, a rejeição de meios pacíficos, gradualistas ou reformistas de mudança, e ainda a negação ao adversário de qualquer sistema de direitos, liberdades e garantias. O primeiro relatório científico sobre o tema jihad cibernética foi encomendado pelo Departamento de Polícia de Nova York, por meio da sua Divisão de Inteligência, dois anos depois do 11 de Setembro e chamou-se Radicalization in the West: The Homegrown Threat (Radicalização no oeste: a ameaça doméstica). O estudo foi confeccionado por Mitchell D. Silber e Arvin Bhatt, ambos da Divisão de Inteligência da Polícia de Nova York. MATAR OU MORRER O documento estudava 10 casos de radicalização violenta, metade dos quais nos EUA. No seu texto, procurava explicar a transformação de indivíduos ou grupos de indivíduos, até aí considerados neutros, em militantes terroristas. Por fim, concluía sugerindo que esse processo teria quatro fases: pré-radicalização, intensificação, doutrinação e jihadização. No estudo da pré-radicalização, procura-se identificar o perfil predominante das pessoas que se identificam com a sistemática e com a ideologia. Na intensificação, busca-se mensurar a quantidade de mecanismos que levam uma pessoa a aproximar-se de um determinado objetivo e a identificar-se com ele. Depois temos a doutrinação, que implica um relacionamento bem mais personalizado e intenso com o candidato, incluindo técnicas de contra inteligência para identificar tentativas de infiltração. No coroamento de um processo de radicalização bem sucedido, chega-se à jihadização que é, no fundo, a capacidade de levar uma pessoa à decisão de matar ou morrer. Curiosamente, esse documento já não está mais disponível no site da NYPD, sigla da Polícia de Nova York em inglês, mas ainda pode ser encontrado em outras plataformas. O estudo esteve na origem de várias outras análises estaduais, incluindo o famoso relatório britânico Prevent, muito influenciado pelas observações do ex-agente americano da CIA Marc Sageman sobre o terrorismo pós-moderno. BUNCH OF GUYS Em seu estudo, Marc Sageman diz que a jihadização não derivaria apenas do comando central de um grupo remoto, mas muitas vezes, da iniciativa de um bunch of guys (bando de caras), de um grupo local, auto-organizado, socialmente alienado, baseado em laços de amizade ou de sangue, que se diriam pré-ideológicos. A expressão bunch of guys é do próprio Marc Sageman, um acadêmico, psiquiatra, ex-consultor da CIA. Ele trabalhou muito tempo no Afeganistão e em outras duas fronteiras sensíveis e a expressão foi usada pela primeira vez no seu livro Understanding Terror Networks. Neste contexto de radicalização, o ciberespaço virou a principal fonte de recrutamento. Um verdadeiro mestre neste modo de cooptação é alguém que é bastante conhecido pelos estudantes do assunto, Abu Musab al Suri, que muitos olham como um elemento ideologicamente mais importante na jihad pós-moderna do que o próprio Osama bin Laden. Ele foi o primeiro militante da Al Qaeda a definir a estratégia da jihad global com uso de toda a tecnologia possível e imaginável. Esta realidade fortaleceu-se e hoje conta com cerca de 90 mil mensagens por dia produzidas por meios jihadistas, desaguando nas chamadas redes sociais. REDES SOCIAIS O uso dessas redes (e essencialmente do Twitter, Facebook, Linkedin, Instagram e Youtube) tem aumentado em eficácia pela expansão do mercado de comunicações móveis e pela possibilidade de aceder aos mesmos de locais remotos, e em trânsito, muitas vezes com protecção de identidade. Observar os jovens de hoje, e mesmo alguns adultos que se permitem dependência, ou também radicalização, por meio de um smartphone, ficando o tempo todo com os olhos vidrados nesse dispositivo de comunicação móvel, ajuda a compreender a facilidade com que esse universo instalou-se entre nós e faz parte do nosso dia a dia. RADICALIZAÇÃO ONLINE Dessa forma, a radicalização online apresenta importantes questionamentos a serem respondidos: • O radicalizado sofre apenas um processo de conversão motivado por forças externas (a propaganda jihadista), ou já era propenso e apenas recebeu o estímulo que faltava? • Pode o radicalizado ser, por natureza e origem, um radical? • A radicalização é uma imposição ou uma escolha? (Às vezes trata-se, sobretudo nos meios oficiais, desse problema como sendo o radicalizado uma espécie de inocente que é, no fundo, motivado por uma força quase sobrenatural que o leva a uma conduta anormal.) • Qual o papel que desempenham os mecanismos internos (psicológicos, de sociabilidade, familiares etc.) e externos (persuasão, indução, manipulação e coação)? • A radicalização é sempre uma forma ofensiva ou defensiva? • O que é a auto-radicalização ou conversão voluntária? • O estudo individual ou grupal da radicalização é uma consequência da jihad sem liderança (ou sem um centro, como falava Marc Sageman)? • Há um perfil objetivo do radicalizado que possibilite a prevenção e o alerta? Atualmente, dois filósofos franceses questionam: há uma radicalização do islamismo (Gilles Keppel) ou uma islamização da radicalização política (Olivier Roy)? Percebe-se que não é apenas um jogo de palavras. Para Keppel, trata-se de um desvio da forma do islã original para formas de interpretação perversas que desabonam a violência. Para Olivier Roy, há um potencial em cada sociedade (seja no Canadá, EUA, Brasil ou Índia) de radicalismo, que pode se exprimir de várias formas, e o islamismo pode ser essa válvula de escape. A descrição do processo de radicalização pode ser instrutiva, interessante e necessária, mas a chave é o momento de passagem para a fase letal, ou de ajuda à construção de uma fase letal. A decisão de morrer e/ou provocar mortes é o elemento de estudo fundamental. DA TEORIA À AÇÃO Se quiséssemos encontrar aqui a descrição de algumas formas empíricas que temos verificado nos últimos anos, poderíamos identificar três tipos diferentes de radicalização: 1. O radicalizado tem acesso direto aos meios de comunicação digital/eletrônicos e decide, após a consulta desses meios, através daquilo que alguns chamam “um grupo de discussão invisível”, passar para o lado violento. 2. O radicalizado é aconselhado por um elemento externo (não online) a ir até a consulta às informações na internet, passando posteriormente à ação; ou seja, a radicalização faz-se em dois graus, um externo e outro interno. 3. A radicalização se faz toda em rede, mas com intermediários. A pessoa acessa a internet e depois disso acessa de forma eletrônica alguém que serve de intermediário que o radicaliza e este passa depois à ação. Ainda de acordo com Marc Sageman, o processo ocorre progressivamente. Inicialmente são necessárias condições básicas que normalmente são a alienação, a revolta e a necessidade de pertencer a um grupo que tenha uma experiência comum. No prosseguimento, identifica-se a construção ideológica de motivos e uma disponibilidade para a ação. Finalmente, quando o radicalizado tem acesso aos meios de planejamento, isto o leva à realização do atentado. ATIVIDADES CIBERJIHADISTAS Dentre as atividades desenvolvidas pelos ciberjihadistas, podemos listar algumas: • Informação e discussão; • Doutrinação e proselitismo; • Ferramenta de treino teórico e operacional, com instruções de uso; • Salas de chat para trocas de mensagens; • Transmissão de avisos e códigos para emprego em operações; • Recrutamento; • Seleção e vigilância de alvos; • Reivindicação de propaganda; • Engodo e contrainformação; • Comando e controle; • Distração, socialização e entretenimento, no caso de jogos eletrônicos, por exemplo; • Juramento de lealdade, sobretudo no caso do Estado Islâmico; • Testamento post-mortem • Proclamações; • Ameaças; • Justificações; • Invenções e propostas; e • Segurança interna, na identificação de quem são os dissidentes ou aqueles que não possuem uma disciplina de compartilhamento das informações. Face a esse cenário, podemos identificar algumas ações possíveis de serem realizadas e algumas até mesmo já desencadeadas por alguns serviços de informação e de segurança de vários países contra o terrorismo e grupos como o Anonymous, dentre outros; • Ataque cibernético a esses sites de forma a destruí-los. • Infiltração nos grupos de discussão para saber mais o que se passa. • Spoofing, ou criação de falsos sites eletrônicos ou identidades para tentar identificar quem quer ou não fazer o mal. • Phishing, ou captura de informação operacional para uso futuro. • Reunião internacional de servidores e meios de difusão para a criação de regras mais expeditas de forma a impedir a abertura ou levar ao fechamento de sites e contas. • Criação de grupos e sites de discussão “desradicalizadora”. • Possível introdução de uma disciplina curricular optativa nas escolas, desde a educação básica, para explicar quais os problemas e as armadilhas que se apresentam atualmente. • Medidas de punição pelo uso ativo de sites e salas de discussão. • Punição especial a mediadores, em rede ou offline. • Destruição física de centros de produção e difusão, como aconteceu com a destruição da rádio Al-Bayan do Estado Islâmico em Mossul. Como se pode notar, a ciberjihad é um fenômeno complexo e de mutação acelerada. O que aqui foi apresentado pode ser passível de diferentes interpretações, bastando apenas que novas variantes sejam incluídas ou identificadas na equação, alterando completamente a dinâmica do cenário. Concluo dizendo que os serviços de inteligência são a primeira linha de defesa da sociedade e, sem eles, será impossível a antecipação e prevenção ao terrorismo.




Tabatinga, no Tupi Guarani, significa "casa pequena”, mas, há seis dias, a "Capital do Alto Solimões”, como é conhecida esta cidade localizada no oeste do estado do Amazonas, vive uma rotina diferente.

Uma rotina de casa cheia. Integrantes das Forças Armadas do Brasil, Colômbia, Peru e Estados Unidos, observadores militares de nações amigas, representantes de ministérios, de agências brasileiras, estrangeiras e de empresas de material de emprego militar de uso dual (civil e militar) estão reunidos no município para o AMAZONLOG17.

O objetivo do exercício, inédito na América do Sul, é desenvolver doutrina para ações humanitárias que respondam de forma rápida a adversidades causadas por ondas migratórias, catástrofes e acidentes.

São cerca de 2 mil pessoas, sendo 490 militares estrangeiros e 350 civis atuando de forma conjunta, no desdobramento de uma base, que será responsável por coordenar todas as ações logísticas necessárias para uma resposta efetiva em situações diversas.

Foi nesse contexto, que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve neste sábado (11), acompanhando as operações e conhecendo as instalações dessa base multinacional. O exercício é organizado pelo Comando Logístico do Exército Brasileiro (COLOG) e envolve 22 agências governamentais.

“Nós temos aqui 23 países unidos com um só objetivo: ajuda humanitária. O Amazonlog reúne as Forças Armadas do Brasil e de países vizinhos e irmãos em uma unidade a favor das comunidades e dos povos. Esse é um trabalho em favor da vida. E todos os países que quiserem colaborar nesta missão serão muito bem tratados e reconhecidos pelo povo brasileiro”, disse Jungmann.

O capitão de mar e guerra Schonfelder, da Marinha do Brasil, explica que a Força Naval deverá fazer dois atendimentos durante o exercício, um em Tabatinga e outro em Belém do Solimões, além disso, um grupo de médicos já está também atuando no hospital de guarnição local. “Estamos com dois navios navios de patrulha fluvial, Amapá e o navio de Assistência Hospitalar Dr. Montenegro, uma tropa de 40 fuzileiros, que está cuidando da segurança da base, entre eles quatro militares de Defesa Química Biológica Radiológica e Nuclear (DQBRN), que participam dos exercícios de controle biológico”, explicou o comandante.

A escolha do local para a montagem da base logística não foi por acaso. Entre os maiores desafios da Amazônia estão as dificuldades de deslocamentos e comunicações, e a logística, neste caso, é imprescindível.

Por isso, o Amazonlog irá proporcionar a troca de experiências entre países no enfrentamento de situações que requerem urgência de atendimento, pois envolvem as vidas humanas.

O acesso à cidade se dá por barco ou por avião, inexistindo estradas que unam Tabatinga a Manaus. A viagem fluvial no trecho Tabatinga - Manaus consome cerca de três dias e, no trecho contrário, cerca de sete dias.

O comandante logístico do Exército e da operação do exercício, general Teophilo, explica que o local foi escolhido pela dificuldade logística, pelos desafios e soluções que estão sendo apresentadas. “Nós estamos na coordenação, no emprego desta difícil missão que é a ajuda humanitária. Toda hora nós misturamos operações do exercício com operações reais, pelo local que foi escolhido”, argumenta o general do Exército Brasileiro.

E algumas dessas operações reais, às quais o general Teophilo se refere, foram realizadas com o apoio da Aeronáutica. Em seis dias de exercício, cinco vidas foram salvas. Entre elas, a de um bebê que nasceu prematuro na comunidade de Palmeira do Javari e foi transportada para Tabatinga.

Além de um rapaz, que sofreu uma fratura de crânio e foi removido para Manaus, e uma grávida que precisou ser resgatada do Estirão do Equador. Durante a visita do ministro da Defesa, também foram realizadas algumas simulações.

Um C-105 Amazonas, do 1º Esquadrão do 9º Grupo de Aviação da Força Aérea Brasileira, efetuou um lançamento de uma carga de 225 kg, utilizando um sistema semiautomático, no qual o paraquedas é acionado por uma fita de abertura, que fica conectada ao cabia cabo de ancoragem da aeronave.

Isso tudo a uma altura de 400 pés e uma velocidade de 250 km/h. O general Nardi, chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa (MD), falou da importância da interação entre as agências nacionais e internacionais: “Esta operação vai trazer uma série de ensinamentos que poderão ser muito uteis nos planejamentos futuros e no aperfeiçoamento da atividade logística na região. Cada país tem suas especialidades e aqui é um grande fórum de discussão de problemas e apresentação de soluções”, ressaltou.

Uma das agências envolvidas no exercício é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O chefe de operações aéreas da instituição, Wilson Rocha, destaca que cerca de 20 vinte pessoas do instituto ajudam no trabalho de fiscalização e emergência ambiental, além de duas aeronaves completas, com tripulação e guincho, para apoio nas simulações que são realizadas. “É uma forma de integrar, já que unimos diversas realidades e uma forma de nos aprimorarmos em termos de doutrina”, afirmou Rocha.

O coordenador do Departamento de Operações de Socorro em Desastres, do Ministério da Integração, Cesar Santana, explicou que o enfrentamento de situações requer urgência de atendimento, pois envolve as vidas humanas. “A vida não se repõe. Todo esforço que se puder fazer para a preservação da vida é válido.

Essa interação entre as agências que compõem o sistema nacional de defesa civil é de suma importância. Vamos dar continuidade a esta ação e buscar firmar um protocolo de interação entre agências tanto nacionais, quanto internacionais”, lembrou ele.

O General Jimenez é chefe do Estado Maior de Operações do Exército da Colômbia e disse estar orgulhoso em compartilhar esta experiência: “Isso vai permitir engrandecer nosso Exército, nossas forças militares e interagir melhor com países que sempre estão do nosso lado, como é o caso do Brasil, do Peru e de todos os outros países que, de alguma forma. participaram deste exercício, como observadores ou colaboraram com este exercício colaboradores”, disse.

Nossos vizinhos argentinos foram representados pelo general Sosa, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas da Argentina, que também defende a unidade entre as nações para uma pronta resposta em situações de calamidade: “Ter um uma capacidade integrada internacional, que pode prestar ajuda humanitária, e ter todas as agências e países amigos reunidos poderá ajudar a criar um sistema, o que é uma coisa absolutamente positiva, e que permitirá que todos estejam em melhores condições para enfrentar desastres que estão cada vez mais fortes”, afirmou Sosa.
O AMAZONLOG17
O Exercício Amazonlog17 foi inspirado no Capable Logistician, atividade semelhante promovida por países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 2015, na Hungria.
No Brasil, até 13 de novembro, uma Base Logística Multinacional Integrada em Tabatinga, na região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, integra pessoal, viaturas, aeronaves e equipamentos logísticos necessários para atender a diversos eventos simulados, relacionados a temas como controle de fluxos migratórios não autorizados em casos de ajuda humanitária e assistência humanitária em grandes eventos e operações de paz.
Focado na cooperação e na interoperabilidade entre as Forças Armadas, em integração com agências governamentais e países amigos, o Exercício tem o Brasil, a Colômbia e o Peru com tropas no terreno, para atender ao Estado-Maior Conjunto Combinado nas operações simuladas decorrentes de ações de apoio humanitário.
Antes da execução, propriamente dita, o Amazonlog foi tema de duas conferências internacionais de planejamento em Brasília (DF); um evento-teste, simpósio e exposição de produtos de defesa em Manaus (AM). Todos eventos organizados pelo Comando Logístico do Exército.
Ao final do exercício, os participantes terão adquirido conhecimentos necessários ao emprego logístico e ao trabalho integrado para resposta rápida a situações de calamidades, enchentes, terremotos, catástrofes que atingem populações de diversos países.

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