Coreia do Norte dispara míssil balístico




A Coreia do Norte disparou um míssil balístico na quarta-feira (horário local), disseram duas fontes do governo dos Estados Unidos, uma semana depois que o presidente Donald Trump colocou a Coreia do Norte de volta à lista dos EUA de países que apoiam o terrorismo.

Mais tarde, o Pentágono disse que detectou um “provável” lançamento de mísseis da Coreia do Norte. “Detectamos um provável lançamento de mísseis da Coreia do Norte. Estamos no processo de avaliar a situação e forneceremos detalhes adicionais quando disponíveis”, disse o porta-voz do Pentágono, Coronel Robert Manning, a jornalistas.

Ele disse que o provável lançamento foi detectado às 16h30 (horário de Brasília). O míssil voou para o leste, e os militares sul-coreanos disseram que estão analisando os detalhes do lançamento com os Estados Unidos.

Os militares sul-coreanos afirmaram terem conduzido um exercício de disparo de mísseis em resposta à provocação da Coreia do Norte. A NHK no Japão, citando o Ministério da Defesa, informou que o míssil pode ter aterrisado nas águas da zona econômica exclusiva do Japão.

A fonte dos EUA disse à Reuters que nenhum outro detalhe estava disponível imediatamente. Depois de disparar mísseis a um ritmo de cerca de dois ou três por mês desde abril, os lançamentos de mísseis norte-coreanos sofreram uma pausa depois do lançamento de um míssil que passou pela ilha japonesa de Hokkaido, em 15 de setembro.
Coreia do Norte diz que novo míssil coloca área continental dos EUA no alcance de armas nucleares

A Coreia do Norte disse ter testado com sucesso um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) nesta quarta-feira que coloca toda a área continental dos Estados Unidos ao alcance de suas armas nucleares.

O primeiro teste de um míssil norte-coreano desde meados de setembro vem uma semana depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, recolocar a Coreia de Norte em uma lista de países que, afirma Washington, apoiam o terrorismo, permitindo a imposição de novas sanções.

A Coreia do Norte, que também realizou seu sexto e maior teste nuclear em setembro, disparou dezenas de mísseis balísticos em testes sob o governo do líder do país, Kim Jong Un, em um desafio a sanções internacionais.

O último teste representou a maior distância que um míssil norte-coreano já voou, caindo no mar perto do Japão. A Coreia do Norte disse que o míssil atingiu altitude de cerca de 4.475 quilômetros e voou por 950 quilômetros por 53 minutos. “Após assistir ao lançamento com sucesso do novo modelo de ICBM Hwasong-15, Kim Jong Un declarou com orgulho que agora finalmente realizamos a grande causa histórica de completar a força nuclear do Estado, a causa de construir uma potência de mísseis”, disse um comunicado lido na TV.

A Coreia do Norte se descreveu como uma “potência nuclear responsável”, afirmando que suas armas estratégicas foram desenvolvidas para defender o país “da política de chantagem e da ameaça nuclear dos imperialistas dos EUA”.

Muitos especialistas na área nuclear afirmam que a Coreia do Norte ainda precisa provar que dominou todas as barreiras técnicas, incluindo a capacidade de instalar uma pesada ogiva nuclear de maneira confiável em um ICBM, mas eles acreditam que isso ocorrerá em breve.

“Não temos que gostar disso, mas vamos ter que aprender a conviver com a capacidade da Coreia do Norte de atingir os Estados Unidos com armas nucleares”, disse Jeffrey Lewis, chefe do programa de não-proliferação para o leste asiático do Instituto Middlebury de Estudos Estratégicos.



Teste de míssil teve reentrada bem-sucedida de ogiva na atmosfera

A Coreia do Norte disse que o novo míssil balístico intercontinental (ICBM) que testou na terça-feira foi lançado com um veículo recentemente desenvolvido e que sua ogiva pôde suportar a pressão da reentrada na atmosfera da Terra. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, acompanhou pessoalmente o teste e disse que o novo lançador é “impecável”, relatou a mídia estatal.

Ele descreveu o novo veículo como um “grande avanço”. Observadores e analistas colocaram em dúvida a habilidade da Coreia do Norte de dominar a tecnologia necessária para elaborar uma ogiva capaz de suportar a enorme pressão de reentrada na atmosfera da Terra e sugeriram que o país ainda pode demorar anos para desenvolver um veículo de entrega confiável para uma arma nuclear.

Entretanto, o lançamento de terça-feira confirmou novamente “a segurança de uma ogiva na reentrada do ambiente atmosférico”, disse a mídia estatal, sem dar mais detalhes.
Kremlin chama novo teste de míssil da Coreia do Norte de ato provocativo

O mais recente teste de um novo míssil balístico intercontinental norte-coreano irá provocar mais tensões na região e afasta todos os lados envolvidos do ponto onde uma solução para a crise pode começar, disse o Kremlin nesta quarta-feira.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que Moscou espera que todos os lados envolvidos possam se manter calmos, dizendo que isso é necessário para evitar o pior cenário possível na península coreana.

Trump diz que lançamento de míssil norte-coreano "é uma situação vamos lidar"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que o mais recente lançamento de míssil pela Coreia do Norte “é uma situação que vamos lidar”.

Trump afirmou a repórteres que o lançamento não alterou a abordagem dos EUA sobre a questão da Coreia do Norte, uma semana depois de colocá-la em uma lista de países que, segundo Washington, apoiam o terrorismo.

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