Na manhã desta quarta-feira (19), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve na sede do Centro Gestor e Operacional de Proteção da Amazônia (Censipam) e conheceu seus produtos e atividades.
Para monitorar e produzir informações sobre essa região do País, além da sede em Brasília (DF), o Censipam conta com três centros regionais (Manaus, Belém e Porto Velho) e trabalha de forma integrada com Forças Armadas e diversos órgãos federais, estaduais e municipais.
“O que a gente verifica aqui é que o Censipam é um órgão estratégico, não apenas para a Defesa Nacional, mas também para a questão da cartografia, do sensoriamento remoto, da previsão do clima, da previsão e monitoramento do desmatamento da Amazônia, enfim uma gama de alvos e de objetos que o Censipam cuida, com qualidade e capacidade tecnológica”, afirmou Jungmann sobre o órgão gestor.
No início da visita, o diretor de produtos, Péricles Cardim, apresentou ao ministro os principais projetos do Censipam e a metodologia adotada por cada um. Entre eles, o de cartografia da Amazônia, que deverá ser finalizado em 2019, com a leitura da área da Amazônia legal, oferecendo à sociedade informações que antes não existiam em termos cartográficos.
O projeto, em parceria com as Forças Armadas e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), compreende a elaboração de cartas cartográficas, que prestam informações, com precisão, de todo o espaço geográfico da Amazônia.
O mapeamento terrestre realizado pelo Exército gera mapas de previsão de risco, estudos de implantação de infraestrutura e a estratificação da vegetação. A Marinha mapeia os principais rios navegáveis da Amazônia, com foco na segurança da navegação. E os potencias geológicos são indicados pelo CPRM.
Péricles Cardim falou sobre a importância do conhecimento do ministro da Defesa sobre as ações do Censipam. “O ministro alavanca, sobretudo, a integração. Ele percebe a necessidade de um trabalho integrado na Amazônia.
É importante sempre que a gente tenha o ministro conhecedor do potencial, para que ele mesmo já vislumbre o convite a determinadas instituições, para que atentem para o trabalho que o Censipam está fazendo”, ressaltou o diretor.
Na avaliação do ministro da Defesa, o Censipam é um elo fundamental tanto na defesa da soberania do território como também no apoio aos órgãos governamentais. “Uma característica do Censipam é que ele transborda muito além do que é o atendimento das nossas necessidades da Defesa, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, na medida em que ele faz previsões que respondem a questão da sustentabilidade ambiental da Amazônia, da previsão hidrológica, do combate a crimes ilícitos que são feitos hoje na Amazônia” destacou o ministro Jungmann.
Participaram da visita o diretor-geral do Censipam, Rogério Guedes; o diretor de Administração e Finanças, general Luis Felipe Linhares; o diretor técnico, Cristiano Cunha; e ainda, por vídeo-conferência, o analista do Centro Regional de Belém (CR-BE), Flávio Altieri. Pelo MD, acompanharam o ministro, o secretario-geral, general Silva e Luna; e o assessor especial militar, brigadeiro João Tadeu Fiorentine.
Durante a visita, no Centro de Processamento de Imagens do Censipam, Jungmann pode verificar imagens de alta resolução que geram modelos digitais de superfície, dados satelitais que subsidiam atividades como a detecção de desmatamento ilegal na Amazônia.
O ministro também verificou o funcionamento dos terminais de comunicações mantidos nas regiões remotas da Amazônia, por meio de antenas de comunicação via satélite, em localidades como Tabatinga (AM), Costa Marques (RO) e Estirão do Equador (AM). Jungmann testar essa comunicação, ao falar com o soldado Marcelo, do 1º Pelotão Especial de Fronteira, organização do Exército Brasileiro em Costa Marques.
Nos dias 18 e 19 de setembro de 2017, Brasília será sede do 2º Seminário de Monitoramento Integrado com Radar Orbital -2017, organizado pelo Censipam. O evento contará com uma estrutura composta por apresentações de trabalhos e pôster voltados para aplicações com imagens de radar.
Participarão conferencistas nacionais e internacionais, pesquisadores, professores de instituições de acadêmicas e de pesquisa, representantes de órgãos de governo, militares das Forças Armadas, bem como empresários e representantes da indústria nacional e internacional. Saiba mais: www.sipam.gov.br
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